Quantos dias são necessários para conhecer cordilheira dos andes

A Cordilheira dos Andes é um conjunto contínuo de montanhas que margeiam quase toda a costa ocidental da América do Sul. Sua extensão tem mais de 7.000 km e sua altitude média é de 4.000 metros. Ela passa pela Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina, e o seu ponto mais alto é o pico do Aconcágua, na Argentina, com 6.962 metros de altitude. Uma das grandes atrações de Mendoza é ver a Cordilheira dos Andes de perto, e isso é feito através do tour Alta Montanha.

O que é o tour Alta Montanha?

É o mais completo passeio para conhecer a região da Cordilheira entre Mendoza e a divisa da Argentina com o Chile. O passeio dura um dia inteiro, pode ser feito em qualquer época do ano e diversas agências de turismo oferecem o passeio, além de você também poder alugar um carro. Opções não faltam.

Fonte: Mendoza Travel

O Tour Alta Montanha é uma das melhores maneiras de conhecer os principais pontos turísticos da Cordilheira dos Andes. Ele percorre a Ruta Nacional 7 – a famosa Carretera Libertador General San Martin – , uma das mais importantes rodovias da Argentina.

A Ruta 7 é uma estrada maravilhosa, com uma paisagem incrível, que vai ser diferente a cada estação do ano. Ela é rodeada de montanhas, formações rochosas, rios e neve – caso seja inverno e você dê sorte. A rodovia começa em Buenos Aires, corta o país de leste a oeste e chega na fronteira com o Chile.

Tour Alta Montanha e pontos turísticos visitados:

Contratamos a agência Nossa Mendoza, que oferece seus serviços especialmente para brasileiros e os guias falam portunhol. A escolhemos, pois com eles é possível programar o seu próprio roteiro e também existe a facilidade de ficar quanto tempo quiser em cada lugar, além de poder fazer paradas na estrada para tirar fotos.

Também poderíamos ter alugado um carro, mas como era inverno, imaginamos que estaria nevando, e nenhum de nós tem experiência em dirigir na neve. Mas como eu disse mais pra cima, a neve só estará lá se você der sorte! Acompanhamos a previsão do tempo por dias, fiz a minha mala para inverno e neve, saí do hotel cheia de roupa, e o que aconteceu quando chegamos lá? Passamos calor!

O Fernando, nosso guia, chegou em nosso hotel às 8h30 em ponto. Estava frio, por volta de 7ºC. Pegamos muita neblina no início da estrada. Quando estávamos chegando em nossa primeira parada, o tempo começou a melhorar e pudemos ver a paisagem a nossa volta.

Potrerillos:

Potrerillos está a aproximadamente 60 km de Mendoza e é a primeira parada no tour Alta Montanha. A represa de Potrerillos é um lago artificial formado pelas águas do rio Mendoza. O lago tem aproximadamente 12 km de comprimento por 3 km de largura e sua profundidade máxima é de 140 metros.

Por conta da área seca e árida da região de Mendoza, a represa é fundamental, pois pela falta da chuva, ela é a responsável por distribuir água para os sistemas de irrigação das vinícolas. A represa também possui uma usina e gera energia elétrica.

A represa é bastante frequentada pelos moradores da região de Mendoza, principalmente durante o verão, onde todo o tipo de esportes aquáticos – que não tenham motor – são praticados nessa represa. Os motores não são permitidos, pois a água da represa é também utilizada para o consumo da população.

Uspallata:

A segunda parada é feita no Vilarejo de Uspallata. Uspallata possui cerca de 7 mil habitantes e está a 120 km de Mendoza. Segundo o nosso guia, Uspallata significa lugar de reunião, e o local tem esse nome, pois foi onde os Incas se encontraram com os índios.

É a cidade em que a maioria dos tours param para um lanche e para se preparar para a neve. Se a sua intenção for aproveitar a neve em Los Penitentes, é nessa cidadezinha que você vai encontrar os itens necessários para alugar. Como não precisei de nada disso, não sei dizer o valor, mas pelo que eu li, o aluguel das roupas custa em média 25 dólares por pessoa.

Paramos na Casita Suiza para lanchar. Dividimos um cheese cake e pedimos um chocolate quente.

Depois de comer, seguimos em direção ao Aconcágua. No caminho, encontramos um condor, conhecido como condor-dos-andes e passamos pela nascente do rio Mendoza na Puenta de Vaca com a junção dos rios Vacas, Cuevas e Tupungato.

Durante o tour pela Alta Montanha, algo que quem estiver dirigindo precisa ficar muito atento é que ao chegar por volta de 2.100 metros, começa a sentir sono por causa da altitude, é uma região em que ocorrem muitos acidentes.

Aconcágua:

O Monte Aconcágua é a montanha mais altas das Américas. É ele o maior responsável pelo interesse das pessoas pelo tour Alta Montanha. Possui 6.980 metros de altitude e é considerada a segunda montanha mais alta do mundo, ficando atrás apenas do Monte Everest.

O Aconcágua está localizado no Parque Provincial Aconcágua, que foi criado em 1983. Ele possui 71 mil hectares e está localizado a 180 km da cidade de Mendoza. A conservação de seus recursos naturais é muito importante para a região e garante o abastecimento de água para o consumo e irrigação das cidades ao redor, que dependem do degelo.

Dentro do parque existem duas trilhas que levam até os mirantes para se tirar a foto da famosa placa com o Aconcágua ao fundo.

A “facilidade” de se chegar ao cume, atrai montanhistas de todos os lugares do mundo, fazendo com que o Aconcágua seja uma das montanhas mais procuradas dos Andes.

Puente del Inca:

A Puente del Inca é uma ponte natural de formação rochosa com uma curiosa formação geológica que fica sobre o rio Las Cuevas, afluente do rio Mendoza. Ela tem esse nome, pois foi usada como passagem dos Incas quando saíram em direção ao Chile com destino ao Peru, após a chegada dos Espanhóis.

A ponte tem 48 metros de comprimento, 28 metros de largura, 8 metros de espessura e está a 27 metros acima do rio. O que faz a ponte ter os tons laranja, amarelo e ocre é o contato dos minerais – que vêm com a água quente – com o oxigênio. Eles tingem qualquer objeto que seja colocado em sua águas.

Na verdade, a ponte fica antes do Aconcágua, mas no tour é deixada para a volta. Para mim, essa foi a visita mais interessante do dia. Tem bastante coisas para ver por lá, pois é onde estão a feirinha de produtos artesanais e os trilhos do antigo trem trans-andino.

Diz a lenda quéchua que, anos antes da chegada dos espanhóis, o herdeiro do trono do Império Inca se encontrava muito doente.Sem esperanças de cura, o garoto foi levado pelos melhores guerreiros de Qosqo para ser curado em águas termais em terras do sul. A travessia duraria meses e seria interrompida por uma quebrada profunda cortada por um rio furioso.Aqueles homens então se abraçaram para formar uma ponte humana que permitisse a passagem do pai desesperado e seu filho enfermo. Mas quando o primeiro se virou para agradecê-los, os guerreiros tinham se petrificado, dando origem à impressionante ponte de pedra.”

Fonte: Viagem em Pauta

Logo que chegamos, parei para tirar umas fotos e acabei perdendo a explicação do nosso guia. Entrei em uma das lojinhas para comprar um imã e perguntei para o dono se ele tinha postal de lá. A resposta foi “não”, mas ele me deu uma foto de como era no passado e me contou toda a história. Fiquei um bom tempo conversando com ele, e no final me pediu para eu contar para as pessoas do lugar em que eu moro, para que  mais pessoas visitassem o local, então lá vai!

Tudo começou quando o local foi descoberto pelos ingleses durante a construção da ferrovia. Eles chegaram lá e se depararam com a nascente da terma com água a 38ºC. Como o lugar era no meio do nada, decidiram criar um hotel de luxo para atrair gente para a região através dos banhos termais, que emergem fontes de água quente, carregada de minerais. Esse hotel seria para pessoas que realmente tinham dinheiro, pois era praticamente impossível de se chegar lá, então não era qualquer um que poderia ir.

A construção do Hotel Puente del Inca começou em 1925, durou 9 anos e todos os materiais foram trazidos da Europa! Em sua lateral tinha um jardim de inverno apenas com plantas e frutos que sobrevivem durante o inverno.

Como no inverno era tudo coberto de neve, dificultava o acesso das pessoas que estavam hospedadas no hotel até a terma, então construíram um acesso subterrâneo para fazer essa ligação. Nele tinham algumas janelas que permitiam sua ventilação, pois os minérios não podem ficar em locais fechados.

O hotel foi completamente destruído por uma avalanche em 1965, e apenas a pequena capela colonial foi poupada. Os destroços do hotel foram deixados no local e ainda hoje podem ser vistos durante a visita.

Booking.com

Los Penitentes:

Já que não havia nada de neve e por isso ela não estava funcionando, a estação de esqui Los Penitentes foi nossa última parada antes de começar a viagem de volta. Paramos apenas para conhecer mesmo, e também porque eu queria ver o Bar 45.

De acordo com especialistas, existe uma técnica para servir a cerveja perfeita, inclinar o copo a 45º para se conseguir a quantidade certa de espuma. Pensando nisso, a cervejaria Andes criou o primeiro bar inclinado do mundo. Já aproveitando a inclinação da montanha, tudo no bar é inclinado, as portas, cadeiras, janelas, piso e a torneira de chope.

Como estava tudo fechado, infelizmente o bar também não estava funcionando. Mas achei uma propaganda deles no Youtube, e a meu ver vale a pena assistir. Acho que deve ser uma experiência super válida para apreciadores de cerveja. Com certeza voltarei para conhecer quando um dia retornar à Mendoza.

Las Cuevas:

Para encerrar a visita, ainda tem a passagem pelo vilarejo Las Cuevas para ver o Cristo Redentor dos Andes, mas como no inverno fica fechado, acabamos nem indo para lá.

Las Cuevas é o último povoado da Argentina antes da fronteira com o Chile, possui apenas 12 habitantes e muitas casas desabitadas.

O Cristo Redentor é um monumento localizado na fronteira com o Chile, a 4.200 metros de altitude, e simboliza a fraternidade entre os dois países. Li que é uma das fronteiras para viajante nenhum colocar defeito. Queria muito ter ido, mas assim como o Bar 45, vai ficar para uma próxima vez.

O passeio é longo e o dia acaba sendo puxado, são mais de 500 km considerando a ida e a volta. Ele começa de manhã e termina no final da tarde. Muitas horas sentados no carro e muitas mudanças de altitude ao longo do dia. Não tivemos neve, mas tivemos um lindo dia, com céu azul, o que ajudou para que o tour Alta Montanha fosse mais agradável e as fotos mais bonitas. É um passeio incrível que indico para qualquer um que esteja em Mendoza.

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