Estudamos anteriormente as camadas que formam o globo terrestre [você pode conferir aqui!], explicando sobre a crosta terrestre, o manto e o núcleo. Na postagem de hoje vamos explicar sobre as camadas que compõem a atmosfera, que é a camada de ar que está localizada sobre a crosta terrestre.
As divisões da atmosfera podem ser baseadas na temperatura e pressão das massas de ar. Normalmente, utilizam-se cinco diferentes categorias: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. A troposfera é a região imediatamente superior a crosta terrestre e a exosfera a região mais afastada. Veja a seguir uma representação esquemática das camadas que compõem a nossa atmosfera:
Outro fator importante que destacamos é a redução conforme o ganho de elevação. Sendo assim, quanto mais alta uma localidade, a sua temperatura tende a ser menor. Agora, vamos explicar cada uma das camadas de ar.
Troposfera
A troposfera é a camada de ar que está em contato com a crosta terrestre, ou seja, a camada de ar que estamos neste exato momento. A troposfera possui aproximadamente 17 quilômetros de espessura e concentra a maior parcela da massa atmosférica. Isso acontece porque a maior parcela do vapor de água presente na atmosfera está localizada nessa parcela, o que promove um aumento da sua massa.
Na troposfera, ainda, circulam os aviões de carga e de passageiros. Essa região se estende até a tropopausa, região que faz a divisa com a estratosfera.
Estratosfera
A estratosfera é a segunda camada da atmosfera terrestre, localizada entre a troposfera e a mesosfera. Ao contrário do que falamos anteriormente, na estratosfera a temperatura aumenta com o ganho de elevação. Esta faixa está localizada aproximadamente entre 17 e 50 km da superfície da Terra e é na estratosfera que está localizada a camada de ozônio.
A camada de ozônio é muito importante para o planeta, pois funciona como um filtro, impedindo que a radiação solar atinja diretamente as pessoas. A camada de ozônio é fundamental para a nossa sobrevivência, mas trataremos com detalhe em uma postagem futura.
Ainda destacamos que os aviões a jato circulam nesta faixa, uma vez que apresenta uma maior estabilidade.
Mesosfera
A mesosfera é a camada localizada entre a estratosfera e a termosfera. É considerada a camada atmosférica mais fria, com temperaturas que podem atingir os -90°C. Nessa camada, a resistência do ar cria atrito com meteoritos, de maneira a gerar a sua combustão, o que impede que atinjam a superfície da Terra. A mesosfera situa-se numa altitude entre 50 e 80 km, aproximadamente.
Termosfera
A termosfera é a camada entre a mesosfera e a exosfera, com altitudes entre 80 e 600 km! Também denominada ionosfera, a termosfera possui temperaturas elevadas, que podem atingir os 1500°C. O ar nesta região torna-se extremamente rarefeito, predominando o gás hidrogênio.
É nesta camada que ocorre a circulação de ônibus espaciais, além de ser a faixa onde ocorre a aurora boreal, fenômeno ótico muito interessante, caracterizado por luzes brilhantes no céu!
Exosfera
A exosfera é a última camada da atmosfera, responsável pela transição entre a termosfera e o espaço sideral. Não apresenta limite superior, mas se inicia a partir dos 600 km de altitude.
Na exosfera as partículas começam a perder o efeito da gravidade terrestre, fazendo com que as partículas se desprendam da Terra. Nessa região normalmente circulam naves espaciais, sujeitas a temperaturas na casa dos 1000°C.
Desta forma, apresentamos as camadas que compõem a nossa atmosfera. Com isso, agora você já estudou sobre as camadas que vão desde o início da nossa atmosfera até o centro da terra! Aproveite!
A camada de ozônio é uma região localizada entre 20 e 35 quilômetros de altitude. Nela estão concentrados mais de 90% do gás ozônio [O3], responsável por filtrar os raios ultravioletas do tipo B [UV-B], o mais prejudicial à saúde humana.
Essa camada vem sofrendo duras perdas nos últimos anos com o aumento da emissão de poluentes na atmosfera — um conjunto de gases que ajudam a proteger o planeta das radiações solares, além de outras funções.
Leia também: Descoberta de novos gases que destroem a camada de ozônio
Constituição da camada de ozônio
A atmosfera é uma densa camada de gases que protege a Terra de radiações solares e outros eventos que ocorrem no espaço sideral. Funciona como um espécie de cobertor para o planeta, aquecendo-o e possibilitando o desenvolvimento da vida. Essa camada é dividida em subcamadas, como troposfera e ionosfera, variando de acordo com a altitude.
Em uma dessas subcamadas, na estratosfera [entre 15 e 60 quilômetros de altitude], está localizada a camada de ozônio, em 20 a 35 quilômetros de altitude. O ozônio é um gás presente em quase todas as camadas da atmosfera, mas 90% de sua concentração estão na camada de ozônio, sendo os outros 10% preenchidos com outros gases, como oxigênio e nitrogênio.
O ozônio é formado por meio da interação dos raios ultravioletas com as moléculas de oxigênio [O2]. Quando há essa interação, átomos de oxigênio [O] são liberados e unem-se a moléculas de oxigênio [O2], adquirindo uma nova composição química, o ozônio [O3].
Todas as camadas da atmosfera têm alguma função específica em suas composições químicas. Dentro da estratosfera, o ozônio é o único gás capaz de filtrar a radiação UV-B, a mais prejudicial aos humanos, sendo essa sua principal função. Outros raios ultravioletas também são absorvidos pela camada de ozônio, como o ultravioleta C ou UV-C, bastante nocivo à biosfera, mas completamente filtrado por essa camada.
Veja mais: Efeito estufa e aquecimento global – consequências da destruição da camada de ozônio
Por que a camada de ozônio é importante?
Se não houvesse esse filtro proporcionado pela camada de ozônio, a temperatura na Terra aumentaria de forma considerável, o que tornaria impossível o desenvolvimento da vida no planeta. Ademais, o índice de raios ultravioletas seria mais intenso, provocando vários efeitos adversos nos seres vivos.
Nos humanos, o aumento da temperatura e maior exposição aos raios UV-B poderia causar:
- danos à visão
- câncer de pele
- rápido envelhecimento
- baixo desempenho do sistema imunológico, entre outros
Na natureza haveria o derretimento das calotas polares nos polos do planeta, prejudicando os ecossistemas aquáticos e o desenvolvimento dos fitoplânctons, a base da cadeia alimentar dos oceanos. Com isso, um sério desequilíbrio ambiental poderia acontecer.
O que é e como é formado o buraco na camada de ozônio?
Nas primeiras décadas do século XX, inovações das indústrias químicas foram executadas a fim de tornar mais prática a vida humana, como os gases para ajudar na refrigeração dos alimentos. Um desses gases, o clorofluorcarbono [CFC], foi considerado bem versátil e de fácil armazenamento, com baixa periculosidade.
Entretanto, na década de 1970, quando começaram as primeiras Conferências Ambientais, pesquisadores constataram, com a ajuda de imagens de satélites, uma leve mancha na camada de ozônio sobre a Antártida, no Polo Sul. Essa mancha, inicialmente pequena, era um buraco que se formava por meio da alta emissão de gases poluentes, entre eles o CFC.
A conclusão dos estudos mostrou que esse buraco referia-se à perda de concentração de ozônio na estratosfera, chamada de rarefação do ozônio, o que diminui a filtragem dos raios ultravioletas que prejudicam a saúde. Tal perda é associada ao excesso de vários gases poluentes, em especial o CFC, mas não apenas ele é o responsável pela existência de um buraco cada vez maior na camada de ozônio.
O que destrói e prejudica a camada de ozônio?
As descobertas iniciadas na década de 1970 despertaram a comunidade ambiental para a preocupação com as emissões de gases que são danosos à atmosfera. Com isso surgem as primeiras discussões e estudos acerca dos danos [quase] irreversíveis ao planeta relacionados às emissões de poluentes.
O ozônio é um elemento químico que é destruído, naturalmente, pela radiação ultravioleta. No entanto, a cada molécula de ozônio destruída, outros átomos e moléculas de oxigênio são liberados e formam outras moléculas de ozônio, algo que ocorre de maneira natural e equilibrada, sem prejudicar a vida na Terra.
Entretanto, os gases emitidos pelas ações humanas, como o CFC, o hidroclorofluorcabono, o brometo de metila, entre outros, promovem a destruição acelerada da camada de ozônio, alterando todo o equilíbrio natural. Estima-se que, a cada molécula de CFC na atmosfera, 100 mil de ozônio são destruídas, um número extremamente alarmante.
Em 1987 foi assinado o Protocolo de Montreal, um acordo ambiental firmado por mais de 40 países que entrou em vigor em 1989. Entre seus vários objetivos, o principal era a erradicação de emissões das chamadas Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio, entre elas estão os gases já mencionados. Esses gases podem ser encontrados em geladeiras, freezers, desodorantes de aerossol, e produtos similares.
Acesse também: Como ocorre a destruição da camada de ozônio?
Consequências da destruição da camada de ozônio no meio ambiente
Nos últimos anos, o buraco na camada de ozônio tem aumentado de forma significativa, sendo isso melhor percebido nos polos do planeta devido à baixa temperatura, ideal para as transformações químicas dos elementos que reagem com o ozônio. Esse aumento gera um grave desequilíbrio na natureza, haja vista a modificação em uma das camadas que protege a Terra. Com isso, pequenos [mas significativos] aumentos de temperatura podem ocorrer ao longo dos próximos anos.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas [IPCC – sigla em inglês] da Organização das Nações Unidas [ONU], caso as emissões de poluentes continuem no mesmo ritmo da atualidade, estima-se que a temperatura do planeta possa subir de 1,5 ºC a 4 ºC até o fim deste século.
Pode parecer pouco, mas já é o suficiente para derreter calotas polares, o que aumentará as águas de rios e oceanos, podendo alagar diversas áreas do planeta e desequilibrar o ecossistema e a fauna aquáticos.
Nos seres humanos, a intensificação dos raios UV-B agravará os casos de câncer de pele, deixando-os, também, cada vez mais frequentes na população.
Outros problemas ambientais terão suas consequências ampliadas, como furacões e tempestades tropicais, além de secas mais severas, propiciando um ambiente ideal para o surgimento de queimadas descomunais.
Resumo sobre a camada de ozônio
- A camada de ozônio fica localizada entre 20 e 35 quilômetros de altitude, na estratosfera.
- Possui a função de filtrar os raios ultravioletas B [UV-B].
- Previne os seres humanos de várias doenças, como o câncer de pele e outras relacionadas à visão.
- Está sendo destruída pelas emissões de gases por parte das atividades nas indústrias químicas, acarretando nela um buraco.
- Evita a alta temperatura na Terra, que pode tornar o planeta inabitável.
- É extremamente importante para a sobrevivência no planeta.