Pioneirismo português o que foi

O período marcado pelas grandes navegações e pela consolidação de um modelo de economia mercantil no continente europeu fez com que um novo tipo de relação fosse estabelecido entre os países europeus.

Dessa forma, algumas nações começaram a desenvolver forte interesse em conquistar novas rotas para destinar o comércio, e com a descoberta frequente de novas áreas que poderiam ser destinadas para a colonização – principalmente na América do Sul e América Central – tais nações se tornaram extremamente competitivas umas com as outras.

Sendo assim, podemos concluir que tanto a conquista como a ocupação do continente europeu estão fortemente relacionados com a expansão marítima assim como com a possibilidade de expansão do mercado econômico europeu.

O que queriam os europeus?

Para eles, ter total controle socioeconômico sobre uma nação localizada em terras distantes, descobrindo nesse espaço também um ponto para a expansão dos comércios, eram aspectos interessantíssimos para expandir e fortalecer o próprio Estado. Isso acontecia principalmente porque, dessa forma, se tornava possível aumentar o número de cada uma das atividades mercantis da nação.

Sendo assim, os europeus tinham como principal intuito explorar, nessas novas nações: o descobrimento de novas áreas para o comércio, novos tipos de matéria-prima para aumentar a produção, materiais preciosos para o desenvolvimento de moedas e demais produtos que, anteriormente às conquistas, já eram consumidos pelos europeus.

A situação extremamente competitiva foi frequente principalmente durante os anos da Idade Moderna e Portugal se destacou como a nação precursora das Grandes Navegações e também de inúmeros descobrimentos. Foi essa posição pioneira e empenhada que fez com que o Estado ficasse um passo à frente das outras nações por muitos anos.

Mas é claro que, para compreender a fundo o pioneirismo português é necessário avaliar vários aspectos históricos que também contribuíram para que a nação portuguesa se tornasse a primeira potência exploratória.

O pioneirismo português

Um dos primeiros aspectos que consegue nos explicar o porquê do desenvolvimento constante da nação portuguesa tem a ver com o processo de criação de uma monarquia essencialmente nacional.

Neste mesmo momento, muitos foram os conflitos bem desgastantes e consideravelmente longos que marcaram o resto das monarquias nacionais europeus, que brigavam entre si principalmente por aspectos banais. Enquanto isso, Portugal concentrou-se na criação de um estado centralizado, e melhor: em um espaço de tempo considerado relativamente curto.

De uma forma geral, esse desenvolvimento considerado ‘precoce’ de uma monarquia com poderes centralizados foi possível por conta da famosa Guerra da Reconquista, em que Portugal teve que lutar contra os muçulmanos.

Dessa forma, nos anos que se sucederam durante o século XIV, a situação política e econômica do país já era considerada bem estável, em um período que ficou reconhecido como ‘dinastia de Avis’.

Nesse período, Portugal se tornou uma classe mercantil muito mais dinâmica quando em comparação com a velha – e já deixada de lado precocemente pelos portugueses – nobreza feudal. Isso fez com que a monarquia pudesse ser modernizada com maior êxito.

Em adicional, muitos foram também os processos de origem geográfica e histórica que contribuíram para o desenvolvimento da nação no setor marítimo.

A posição geográfica de Portugal era privilegiada, já que todo o litoral português se transformou em um verdadeiro “porto”, que possibilitava tanto a chegada como principalmente a partida de grandes barcos e outros para a navegação de uma forma geral. Estes por sua vez, circularam principalmente no Oceano Atlântico. E é claro que não foi por acaso que o país conseguiu firmar grandes e fortes laços com o comércio de vários países, principalmente com aqueles que também eram banhados por esse mesmo oceano.

Além disso, a localização na parte do extremo sul europeu fez com que Portugal ficasse também próximo ao continente africano, onde pode colonizar algumas terras já no início do pioneirismo português.

Além disso, foi também nesse período que Portugal atravessou um período extremamente positivo de inovações tecnológicas quando comparado com outras nações.

Já no início do século XV, incentivado principalmente pelo infante Dom Henrique, muitos foram os profissionais que aprimoraram as técnicas da navegação, como matemáticos, astrônomos, construtores, cartógrafos e até mesmo os próprios navegadores.

A nação portuguesa foi influenciada principalmente pelo povo árabe, que divulgou uma série de conhecimentos que foram aperfeiçoados pelos portugueses, como é o caso de algarismos arábicos, pólvora, a bússola e o próprio papel. A invenção e desenvolvimento da imprensa foi de grande importância para o pioneirismo europeu, já que tais assuntos ganhavam maior conhecimento graças à divulgação frequente sobre.

Todo esse desenvolvimento tecnológico foi fundamental para a formação da Escola de Sagres, criada por uma série de estudiosos que atuavam na região do país próxima à Algarve.

Por fim, a Espanha foi o segundo país a se desenvolver nesse sentido, ficando apenas atrás do pioneirismo português. Um acordo fez com que a Espanha ficasse com todas as terras localizadas ao oeste e Portugal, com as da parte leste da América. Os portugueses se sentiram prejudicados com o acordo e foi só em 1494 que tal fator foi resolvido, graças ao Tratado de Tordesilhas.

A conquista e ocupação da América está ligada à expansão marítima e comercial européia.

Os europeus procuravam encontrar metais preciosos para fazer moedas, descobrir novas rotas de comércio, matérias-primas e produtos consumidos pelo mercado europeu. Portugal foi precursor das Grandes Navegações e dos descobrimentos. Alguns fatores explicam o pioneiro português:

• Formação precoce de uma monarquia centralizada graças à guerra de Reconquista, contra os muçulmanos;

• Localização geográfica favorável, no extremo sul da Europa, com fácil acesso para o Atlântico e para o continente africano;

• Formação de uma classe mercantil mais dinâmica que a velha nobreza feudal, facilitando a modernização da monarquia, com a Dinastia de Avis, após a revolução de 1385.

Além disso, a Europa, na época, atravessava um período de inovações técnicas. Através da influência árabe, foram divulgados e aperfeiçoados diversos conhecimentos: algarismos arábicos,bússola, pólvora, papel. Com a invenção de imprensa, esses conhecimentos ganhavam maior divulgação. A Espanha foi o próximo país a se lançar na expansão marítima. Ela procurou chegar às Índias navegando em direção oeste, partindo do pressuposto de que a Terra é redonda. Os dois países ibéricos entraram em divergência pela posse das terras encontradas pelo navegador Cristóvão Colombo, italiano, a serviço da Espanha. Em 1493, o papa tentou conciliar os interesses das duas nações católicas através da Bula Inter Coetera. Este documento estabelecia uma linha imaginária a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, como fronteira entre as
terras espanholas e portuguesas. A Espanha ficaria com as terras a oeste e Portugal ficaria com as terras a leste dessa linha. Sentindo-se prejudicados, os portugueses não aceitaram essa divisão. A questão foi resolvida em 1494 com a assinatura do Tratado de Tordesilhas. Por esse tratado, a linha imaginária foi deslocada para 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.

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Portugal foi uma nação pioneira durante o desenvolvimento das Grandes Navegações, evento que caracteriza a passagem da Idade Média para a Idade Moderna. 

O tema é abordado com certa frequência pelas principais provas do país. Dessa maneira, é fundamental que você domine as características básicas do pioneirismo português nas Grandes Navegações. 

O Pioneirismo Português: introdução

Portugal foi um país pioneiro nas Grandes Navegações e na expansão marítima europeia. Esse fato influenciou, por exemplo, as expedições comandadas pelo país [incluindo aquela que chegaria ao Brasil]. 

Diversos fatores contribuíram para o denominado “pioneirismo português”. Vamos conhecer, a seguir, alguns deles. 

O Pioneirismo Português: fatores

Diversos foram os fatores que possibilitaram o pioneirismo português na expansão marítima europeia. Dentre eles, podemos destacar as seguintes motivações: 

  1. A precoce formação do Estado Nacional português: enquanto a maioria dos países da Europa consolidava a formação dos próprios Estados nacionais somente nos séculos XV e XVI, Portugal já havia passado por esse processo no século XIV. De fato, a formação do Estado português aconteceu no ano de 1385,.
  2. Relativa paz interna: nos séculos XV e XVI, período em que ocorrem as Grandes Navegações, Portugal vivia sob uma relativa paz interna, caracterizada pela ausência de guerras e outros conflitos. Essa característica não era encontrada nas principais potências da época, como França e Inglaterra.
  3. A presença islâmica na Espanha: a Espanha só se consolidaria como um Estado nacional no século XIV, depois de Portugal, devido a conflitos internos com islâmicos que viviam no local. Esse fator garantiu uma vantagem para os lusitanos.
  4. Localização: Portugal possuía [e possui até hoje] uma localização geográfica privilegiada para a navegação, uma vez que era banhado pelo oceano, ao contrário do que acontecia com outros países europeus.
  5. Apoio da burguesia: a burguesia portuguesa apoiou fortemente as Grandes Navegações, inclusive a partir de financiamentos. Isso porque, os burgueses tinham interesse na obtenção de lucros por meio da expansão do comércio.

O Pioneirismo Português: consequências

O pioneirismo português nas Grandes Navegações gerou uma série de consequências. Dentre elas, podemos citar:

  1. 1487: Bartolomeu Dias ultrapassa o denominado “cabo das Tormentas”, abrindo uma via de acesso para o oceano Índico.
  2. 1498: Vasco da Gama chega às Índias
  3. 1500: a expedição liderada por Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil

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