Assinale a alternativa que explique a importância do rádio durante o Estado Novo 1937 1945

Published on Jun 23, 2012

QUESTÃO 01 (Descritor: relacionar o trecho lido com a Aliança Liberal .) Assunto: História do Brasil República. QUESTÃO 04 (Descritor: identificar as ...

Assinale a alternativa que explique a importância do rádio durante o Estado Novo 1937 1945

deste século, tornou-se, nos anos 30, popular meio de comunicação, o que justifica o fato de o período ser designado como "Era do Rádio". A partir do que a charge abaixo sugere, explique de que forma esse importante veículo de comunicação de massa foi utilizado pelo governo Vargas. 158. (Ufv) Em 1937, com a instauração do Estado Novo por Getúlio Vargas, o Brasil passou a viver sob uma nova Constituição, que ficou conhecida como "Polaca", em virtude de sua clara inspiração na Constituição da Polônia. Essa Constituição deu ao presidente Getúlio Vargas os poderes para a organização política, econômica e administrativa do Estado Novo. Dentre as alternativas a seguir assinale a que apresenta uma característica da Constituição de 1937: a) Instauração do direito de greve e de locaute. b) Instauração do direito de livre associação em sindicatos oficialmente reconhecidos. c) Descentralização administrativa. d) Internacionalização da economia. e) Instauração de princípios democráticos e de livre associação política. 42 | P r o j e t o M e d i c i n a – w w w . p r o j e t o m e d i c i n a . c o m . b r 159. (Ufrs) Analise as seguintes afirmativas referentes ao Estado Novo (1937-1945). I- Os dois principais partidos políticos existentes no período do Estado Novo eram a AIB (Ação Integralista Brasileira) e a ANL (Aliança Nacional Libertadora). II- O pretexto utilizado por Vargas para o desfecho do golpe de Estado de 1937 foi o Plano Cohen, documento forjado que denunciava um suposto movimento revolucionário comunista. III- Durante o Estado Novo a política externa brasileira oscilou entre a Alemanha nazista e os Estados Unidos, alinhando-se a este último país no princípio da década de 1940. Quais estão corretas? a) Apenas III. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 160. (Ufsm) A segunda metade do século XIX é marcada, no Brasil, por um surto de empreendimentos industriais nas cidades, os quais têm seu limite a) no reduzido mercado interno e na dependência do mercado externo. b) na continuidade da dominação política portuguesa. c) na permanência do escravismo e na monarquia constitucional. d) no crescimento do mercado interno e na diversidade econômica. e) na autonomia política e econômica do Estado brasileiro e na política de valorização do preço do café. 161. (Ufsm) "Maria, filha de Maria (...) tem trinta e um desgostos. Lava a roupa, lava a louça, varre que varre, e a patroa - Jesus Maria José! - a patroa ralhando. (...) Sempre em casa estranha, dormindo em cama-de-vento, comendo em pé ao lado do fogão. Trabalhadeira, de confiança, não tem boca pra pedir." ("As Marias", de Dalton Trevisan.) A personagem citada retrata um tipo social presente na fase de crescimento da cidade industrial. Esse tipo social encontra no líder populista um a) porta-voz da inserção brasileira ao capitalismo internacional. b) incentivador da luta de classes e do fim da exploração. c) pai protetor, agente de um Estado emancipador dos trabalhadores. d) redentor da economia agrária e dos camponeses sem terra. e) agente do Estado liberal, voltado para a regularização do espaço privado. 162. (Ufrrj) "Felizmente chegaram os jornaes de modas de Paris. Das invenções estamos agora livres! Pai (escravocrata, largando o Jornal). - Livres? o quê? dos ventres? Não me fallem nisso!" (A Semana Ilustrada, 1871, citado em "História da Vida Privada".) A charge acima retrata o conflito entre a modernização e a tradição, típico da sociedade (elite) brasileira na segunda metade do século XIX. O comentário do pai, naquele momento, expressa a) sua revolta frente à difusão de uma liberalização da moda feminina, rompendo o conservadorismo existente até então nos hábitos da elite brasileira. 43 | P r o j e t o M e d i c i n a – w w w . p r o j e t o m e d i c i n a . c o m . b r b) sua indignação frente à dissolução dos costumes e aos riscos que uma gravidez indesejada e fora do casamento podiam causar à moral familiar. c) sua defesa da moda tradicional brasileira ameaçada cada vez mais por costumes exóticos trazidos ao Brasil por publicações estrangeiras. d) seu repúdio às discussões travadas na época que envolviam a liberdade dos filhos de escravos nascidos a partir de então. e) sua frieza diante de questões de importância para o meio urbano, revelando o peso do setor rural na sociedade brasileira. 163. (Uel) "Em outubro de 1930, iniciou-se um largo período - podemos dizer um quarto de século - em que Getúlio Vargas foi a figura predominante no cenário político nacional; isso parece propiciar uma certa idéia de continuidade para uma história política vista a partir das grandes figuras, como a que predominou muito tempo na historiografia e permanece até hoje no senso comum." (BORGES, V. P. Anos trinta e política: história e historiografia. In: FREITAS, M. C. (org.) "Historiografia brasileira em perspectiva". São Paulo: Contexto, 1998. p.159.) Sobre os anos 30 e a figura de Getúlio Vargas, considere as seguintes afirmativas: I - A década de 1930 iniciou-se com uma ruptura jurídico-política, consagrada como "Revolução de 30", que remete ao importante tema dos dilemas da democracia no Brasil. II - A partir dos acontecimentos de 30, passou a vigorar um acordo entre as elites políticas de Minas Gerais e São Paulo, que se revezaram na presidência da República. III - Por muito tempo, memorialistas e historiadores conceberam Getúlio Vargas como o responsável pela concessão dos direitos trabalhistas no Brasil. IV - Como alternativa à tradicional conciliação dos detentores do poder, surgiu a Liga de Ação Revolucionária, que teve seu projeto nacionalista e democrático derrotado pelos eventos de outubro de 1930. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. b) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. c) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. d) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. e) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras. 164. (Uel) No Brasil, o Golpe de Estado de 1937 revelou um importante e poderoso componente no jogo político: o aperfeiçoamento da propaganda como instrumento de dominação. Sobre a máquina de propaganda no Estado Novo, assinale a alternativa correta. a) Atuava na perseguição e punição dos adeptos da ideologia nacionalista, considerados inimigos da pátria. b) Com a criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), democratizou-se o acesso aos meios de comunicação, que passaram a atuar com maior liberdade de expressão. c) A propaganda do Estado Novo procurou vincular a liderança de Getúlio à imagem do político generoso e conciliador. d) O DIP teve como função disseminar a cultura independente e criativa dos músicos, artistas e literatos nacionais. e) A ampliação da presença dos meios de comunicação de massa (rádio, televisão, cinema, imprensa) no cotidiano das pessoas impediu a censura e o ufanismo dos partidários do Golpe de Estado. 165. (Pucsp) "O aspecto técnico-consumista do americanismo não era visto com bons olhos por uma significativa fração do oficialato das Forças Armadas brasileiras. Os militares identificavam a produção em massa das indústrias de bugigangas dos norte- americanos com os desvarios de uma sociedade

Assinale a alternativa que explique a importância do rádio durante o Estado Novo 1937 1945
Assinale a alternativa que explique a importância do rádio durante o Estado Novo 1937 1945
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O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi um órgão criado pela ditadura do Estado Novo em 1939. Ele era responsável por difundir a ideologia do regime por intermédio da propaganda política e também por realizar a censura. Investiu maciçamente no rádio e existiu até o ano de 1945.

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O que era o DIP?

O DIP era um órgão existente durante a ditadura do Estado Novo e se chamava Departamento de Imprensa e Propaganda. Surgiu em 1939, sendo criado por meio do Decreto-Lei n.º 1.915, emitido no dia 27 de dezembro de 1939. Ele não foi o primeiro departamento responsável pela propaganda do governo de Vargas.

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O DIP era responsável pela propaganda e pela censura do Estado Novo, a ditadura de Getúlio Vargas.[1]

Ao longo da Era Vargas, os órgãos de imprensa que existiram antes do DIP foram:

  • Departamento Oficial de Publicidade, que existiu entre 1931 e 1934;

  • Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC), entre 1934 e 1938;

  • Departamento Nacional de Propaganda (DIP), que existiu em 1938 e 1939. O DIP substituiu esse último.

O DIP era responsável por realizar todas as ações que fossem promover a ideologia da ditadura do Estado Novo. O grande alvo desse órgão era propagar essa ideologia pelas classes populares do Brasil e suas duas funções básicas eram realizar a propaganda oficial do governo e promover a censura das informações.

O DIP possuía diferentes seções, com diveraos escopos de atuação e que englobavam distintas áreas. Ao todo, as seções do DIP eram as seguintes:

  • Propaganda;

  • Radiodifusão;

  • Cinema e Teatro;

  • Turismo;

  • Imprensa;

  • Serviços Auxiliares (incluem as áreas de comunicações, contabilidade, tesouraria material, filmoteca, discoteca e biblioteca).

A sede do DIP ficava no Rio de Janeiro, a capital do Brasil na época. No entanto, o controle do DIP se espalhava para os demais estados do Brasil por meio dos Departamentos Estaduais de Imprensa e Propaganda, os DEIPs. A existência dessas filiais garantia ao DIP a possibilidade de controlar minuciosamente tudo que acontecia no Brasil.

As duas grandes áreas de atuação do DIP eram o rádio e a imprensa escrita, embora tivesse forte atuação no campo artístico, como o cinema, teatro e literatura. O DIP engajava intelectuais em defesa do Estado Novo e permitiu que Getúlio Vargas tivesse amplo controle sobre as opiniões circulantes no país.

O DIP também incentivou o culto à personalidade de Getúlio Vargas, por meio de propagandas exaltando o presidente e tornando obrigatória a colocação de retratos de Vargas em repartições públicas. O rosto de Getúlio Vargas tornou-se conhecido nesses espaços, embora existam historiadores que apontem que Vargas não aprovasse diretamente essa ação do DIP.

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Quais eram os principais objetivos do DIP?

Os objetivos do DIP são claros e podem ser encontrados no próprio decreto-lei que determinou a sua criação. De maneira genérica, vimos que a missão do DIP era realizar a propaganda política do Estado Novo e a censura das informações. De maneira mais específica, baseando-se no decreto-lei, podemos dizer que os objetivos do DIP eram:

  • coordenar a propaganda nacional;

  • monitorar e organizar o turismo;

  • fazer a censura do teatro, cinema, práticas esportivas, literatura e imprensa;

  • estimular a produção de filmes nacionais;

  • propor vantagens para a elaboração de filmes educativos;

  • estimular a realização de eventos com intelectuais brasileiros;

  • proibir a entrada de livros estrangeiros no Brasil considerados “nocivos”;

  • promover eventos cívicos e patrióticos;

  • organizar o programa de radiodifusão do governo.

Esse volume de ações e de áreas de atuação levou muitos historiadores a definirem o DIP não como um órgão, mas, sim, como um superministério do Estado Novo.

Como o DIP atuava?

Assinale a alternativa que explique a importância do rádio durante o Estado Novo 1937 1945
Cordeiro de Farias, militar que já foi governador de Pernambuco, discursando no DIP.[1]

Um dos focos do DIP, como já vimos, era o rádio, objeto que se tornou o principal meio de comunicação do Brasil, muito por ação do governo de Getúlio Vargas, que utilizava o meio para divulgar sua propaganda. A ideologia do Estado Novo era transmitida por meio de programas como o Hora do Brasil, noticiário diário que era obrigatório nas estações de rádio brasileiras.

Esse programa permitiu que a população tivesse um contato diário com aquilo que o governo fazia e com a voz do próprio Vargas, como bem colocaram as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling|1|. Mas não só de noticiário vivia a programação de rádio durante o Estado Novo, pois o DIP fez questão de variar a programação.

Com isso, foi incentivado o desenvolvimento de programas de música, nos quais o samba se popularizou rapidamente e se tornou um símbolo do Brasil; havia também programas de humor e, até mesmo, programas de auditório. O público-alvo dessa programação era a população mais pobre e que tinha na rádio uma de suas poucas opções de lazer.

A transformação do samba em símbolo do Brasil garantiu um grande impulso para o Carnaval e para as escolas de samba. Os desfiles realizados por elas, por exemplo, começaram a ser patrocinados pelo governo. Além disso, eventos cívicos e festas patrióticas eram organizados em datas específicas, como o 7 de setembro ou o 1º de maio.

O DIP também produzia documentários, que eram transmitidos nas sessões de cinema e que chegaram a ser exportados para fora do Brasil, e também publicações impressas. Uma delas era O Brasil de hoje, de ontem e de amanhã, uma publicação mensal que trazia informes sobre diferentes aspectos da vida no Brasil e sempre procurava colocar evidência na figura de Getúlio Vargas.

A censura era uma das áreas de maior atuação do DIP, afinal, o Estado Novo era uma ditadura e, como tal, fazia um controle rigoroso das informações. A censura poderia ser do ponto de vista moral e religioso, mas também político. Filmes e peças teatrais só poderiam ser reproduzidos e encenados se fossem aprovados pela censura.

Os programas de rádio só eram aprovados se a censura liberasse, e a criatividade dos sambistas muitas vezes foi podada, porque as letras eram barradas pelos censores. A censura só começou a perder força no Brasil em 1945, quando a contestação ao Estado Novo estava avançada e generalizada em diversos grupos da sociedade.

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Extinção do DIP

A partir de 1943, a ditadura do Estado Novo começou a perder força, e o questionamento da sociedade começou a enfraquecer a posição de Vargas. Por conta disso, a censura do regime começou a ser furada e algumas aberturas foram realizadas no Brasil, em uma tentativa de Vargas de se sustentar no poder, mas não deu certo.

Ele foi deposto no final de 1945, mas, antes disso, autorizou a extinção do DIP. O Decreto-Lei nº 7.582, de 25 de maio de 1945, determinou o fim do DIP e sua substituição pelo Departamento Nacional de Informações, o DNI, órgão que existiu só até 1946. Durante sua existência, os gestores do DIP foram os seguintes: Lourival Fontes (1939-1942), Coelho dos Reis (1942-1943) e Amílcar Dutra de Menezes (1943-1945).

Notas

|1| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 377.

Crédito das imagens

[1] FGV/CPDOC

Por Daniel Neves Silva
Professor de História