De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação.

O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA, considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC.

Para que servem o IPCA e o INPC?

O propósito de ambos é o mesmo: medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro.

A cesta é definida pela Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, do IBGE, que, entre outras questões, verifica o que a população consome e quanto do rendimento familiar é gasto em cada produto: arroz, feijão, passagem de ônibus, material escolar, médico, cinema, entre outros.

Os índices, portanto, levam em conta não apenas a variação de preço de cada item, mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias.

Calculadora do IPCA

IPCA

A Calculadora do IPCA permite atualizar um valor pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre duas datas. Através desse cálculo, é possível simular a correção de uma quantia numa determinada data utilizando o índice de preço e saber o valor correspondente numa outra data. Ver descrição completa.

As conversões podem ser feitas desde o início da série histórica do IPCA, em janeiro de 1980, quando a moeda em vigor era o Cruzeiro(Cr$).

Cabe destacar que o cálculo deve ser considerado apenas como referência e não como valor oficial, uma vez que, dependendo da finalidade da consulta do valor, outros custos não considerados pela Calculadora podem estar envolvidos, tais como seguros e outros encargos operacionais.

O valor na data final é de R$

O percentual total no intervalo é de %

Esta calculadora usa o período entre o dia 1 do mês inicial e o último dia do mês final.

O valor corrigido é obtido a partir do produto entre o valor inicial e o resultado da divisão do número-índice do mês final pelo número-índice do mês anterior ao mês inicial. O resultado desta divisão é o fator que corresponde à variação acumulada do IPCA no período desejado.
Exemplo: Correção do valor de R$ 1.000 entre setembro de 2012 e março de 2020

Usuário deve informar:
Mês inicial: 09/2012
Mês final: 03/2020
Valor na data inicial: 1.000,00

Número-índice de março de 2020: 5.348,49
Número-índice de agosto de 2012: 3.512,04
Fator de correção: 5.348,49 / 3.512,04 = 1,5229
Valor corrigido: 1.000 x 1,5229 = R$ 1.522,90.

Observação 1: A série histórica de números-índices do IPCA pode ser encontrada na tabela 1737 do Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), disponível no endereço abaixo:
https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1737

Observação 2: Caso a data inicial informada seja anterior ao início do Plano Real, o valor a ser corrigido deve ter como referência a unidade monetária vigente à época. Por exemplo, caso o mês inicial informado seja maio de 1988 (05/1988), a calculadora considerará que o valor inicial informado é em Cruzados (Cz$).

Qual é a diferença entre eles?

A sigla INPC corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor. A sigla IPCA corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

A diferença entre eles está no uso do termo “amplo”.

O IPCA engloba uma parcela maior da população. Ele aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos.

O INPC verifica a variação do custo de vida médio apenas de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos. Esses grupos são mais sensíveis às variações de preços, pois tendem a gastar todo o seu rendimento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte etc.

Local IPCA [Ago/2022] INPC [Ago/2022]
Brasil-0,36%-0,31%
Aracaju (SE)-0,50%-0,18%
Belém (PA)0,18%0,29%
Belo Horizonte (MG)-1,25%-1,20%
Brasília (DF)-0,22%-0,24%
Campo Grande (MS)-0,39%-0,29%
Curitiba (PR)-0,46%-0,51%
Fortaleza (CE)-0,74%-0,68%
Goiânia (GO)-0,32%-0,07%
Grande Vitória (ES)0,46%0,66%
Porto Alegre (RS)-0,90%-0,78%
Recife (PE)-1,40%-1,13%
Rio Branco (AC)-0,34%-0,60%
Rio de Janeiro (RJ)0,01%0,06%
Salvador (BA)-0,17%-0,01%
São Luís (MA)-1,07%-0,76%
São Paulo (SP)-0,01%0,04%

Por que se fala tanto em IPCA?

O governo federal usa o IPCA como o índice oficial de inflação do Brasil. Portanto, ele serve de referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa de juros.

Como ele é calculado?

O IBGE faz um levantamento mensal, em 13 áreas urbanas do País, de, aproximadamente, 430 mil preços em 30 mil locais. Todos esses preços são comparados com os preços do mês anterior, resultando num único valor que reflete a variação geral de preços ao consumidor no período.

Índice pessoal de inflação

Sua cesta de compras, ou seja, os produtos e serviços que você consome regularmente, pode ser bem diferente da cesta média da população brasileira. Com isso, o seu índice pessoal de inflação pode ser maior ou menor do que o IPCA.

Por exemplo, uma família que não consome carne vermelha e não tem filhos em idade escolar terá, com certeza, um índice de inflação pessoal diferente do oficial, cujo cálculo coloca peso considerável na variação do preço da carne e da mensalidade escolar.

Poder de compra

Se a variação do seu salário, de um ano para o outro, for menor do que o IPCA, você perde seu poder de compra, pois os preços sobem mais do que a sua renda. Se a inflação e o seu salário têm a mesma variação, seu poder de compra se mantém. Se você, porém, receber um aumento acima do IPCA, seu poder de compra aumentará.

Curiosidades do IPCA

O IBGE produz e divulga o IPCA, sistematicamente, desde 1980. Entre 1980 e 1994, ano de implantação do Plano Real, o índice acumulado foi de 13 342 346 717 671,70%!

A maior variação mensal do IPCA foi em março de 1990 (82,39%), enquanto a menor variação, em julho de 2022 (-0,68%).

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

Outros índices de inflação do IBGE

Além do IPCA e do INPC, o IBGE produz outros quatro índices de inflação:

  • IPCA-15: difere do IPCA apenas no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência. Funciona como uma prévia do IPCA;
  • IPCA-E: é o acumulado trimestral do IPCA-15;
  • IPP: é voltado para a indústria e mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores de bens e serviços. Sua sigla corresponde ao Índice de Preços ao Produtor; e
  • SINAPI: é produzido em conjunto com a Caixa Econômica Federal - Caixa e mede a variação de preços para o setor habitacional e de construção. Sua sigla corresponde ao Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.

Índices de inflação de outras instituições

Outras instituições também produzem índices de inflação. Esses são alguns dos mais importantes:

  • IGP-M: o Índice Geral de Preços do Mercado, calculado pela Fundação Getulio Vargas - FGV, é formado por três índices diversos que medem os preços por atacado (IPA-M), ao consumidor (IPC-M), e de construção (INCC). O IGP-M é comumente usado para contratos de aluguel, seguros de saúde e reajustes de tarifas públicas; e
  • IPC-Fipe: o Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE, mede a variação de preços no Município de São Paulo. Ele aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda de 1 a 10 salários mínimos.

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou variação de 0,35% em julho de 2022, situando-se 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a variação foi 0,29 p.p. maior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 5,96% nos últimos doze meses.

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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ICTI – Série Completa – Julho de 2022 (xlsx)

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Por Maria Andréia P. Lameiras

Em agosto, os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda demostram que todas as classes de renda apresentaram deflação, com taxas variando entre -0,51% para o segmento de renda alta e -0,12% para a classe de renda muito baixa. Após a incorporação desse resultado, no acumulado do ano, até agosto, a inflação registrada varia de 4,11% (renda média alta) a 4,94% (renda muito baixa). No acumulado em doze meses, todas as classes de renda registraram​ desaceleração inflacionária na comparação com o mês imediatamente anterior. Em termos absolutos, a faixa de renda média-alta aponta a menor inflação acumulada em doze meses (8,2%) e a faixa de renda muito baixa registra a maior alta no período considerado (9,2%).​

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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Inflação por faixa de renda

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Por Maria Andréia P. Lameiras

De acordo com os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, em julho, todas as classes de renda apresentaram deflação, com taxas variando entre -0,85% para o segmento de renda média e -0,34% para a classe de renda muito baixa. Após a incorporação deste resultado, no acumulado do ano, até julho, a inflação registra altas que variam de 4,60% (rendas média baixa e média alta) a 5,24% (renda alta). Como resultado desta deflação generalizada, registrada em julho de 2022, no acumulado em doze meses, todas as classes de renda registraram desaceleração inflacionária na comparação com o mês de junho. Em termos absolutos, enquanto a faixa de renda média-alta aponta a menor inflação acumulada em doze meses (9,7%), a faixa de renda alta é a que registra a maior alta no período considerado (10,5%).​

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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Taxa mensal de inflação por faixa de renda (xlsx)

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Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou variação de 0,7% em junho de 2022, situando-se 0,09 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a variação foi 0,63 p.p. maior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 6,26% nos últimos doze meses.

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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ICTI – Série Completa – Junho de 2022 (xlsx)

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Por Maria Andréia P. Lameiras

​Em junho, os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que a inflação variou entre 0,61% para o segmento de renda muito baixa e 0,98% para a classe de renda alta. Com a incorporação deste resultado, no acumulado do ano, até junho, a inflação registra altas que variam de 5,43% (renda muito baixa) a 5,69% (renda alta). Já no acumulado em doze meses, à exceção da faixa de renda média-alta, com taxa de variação de 11,5%, todas as demais registram altas próximas a 12,0%.​​

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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Taxa mensal de inflação por faixa de renda (xlsx)

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Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim apresenta uma compilação de expectativas de mercado para diversas variáveis econômicas. Neste número, exploramos as diferenças nas projeções para diversas variáveis coletadas e divulgadas pelo Banco Central em duas datas: 29 de abril, a última divulgação antes da interrupção das publicações, e 8 de julho, data de referência da primeira divulgação após a retomada da disponibilização ao público dos resultados das coletas. Houve melhora no PIB de 2022 e queda no de 2023; a inflação de 2022 ficou aproximadamente estável e a de 2023 subiu; a Selic esperada também subiu, de 2022 a 2024, refletindo a expectativa de um aperto monetário mais duradouro; a taxa de câmbio esperada para o fim de 2022 e dos dois anos seguintes subiu um pouco (mas espera-se que a taxa de câmbio esteja, no fim de 2024, abaixo dos níveis do fim de 2022 e 2023); os resultados fiscais – primário, nominal e dívida – melhoraram; o saldo da balança comercial subiu; as previsões para déficit em conta corrente e investimento direto no país (IDP), no balanço de pagamentos, não se alteraram muito e, portanto, nem as proporções entre eles: o IDP quatro vezes maior do que o déficit em 2022 e aproximadamente o dobro em 2023 e 2024.

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou taxa de variação de 0,61% em maio de 2022, situando-se 0,11 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a variação foi 0,17 p.p. menor. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 5,59% nos últimos doze meses.​

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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ICTI – Série Completa – Maio de 2022 (xlsx)

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Por Marco A. F. H. Cavalcanti, Francisco E. de Luna A. Santos, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Maria Andréia P. Lameiras e Leonardo Mello de Carvalho

Após o avanço de 1% registrado pelo produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2022 em relação ao período imediatamente anterior, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril e maio. O avanço dos indicadores de atividade está em linha com a evolução positiva do mercado de trabalho, cujos dados mais recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses. Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre: nossa projeção é de crescimento de 0,6%, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior.

Para o segundo semestre do ano, espera-se alguma desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Diante disso, a economia deve fechar 2022 com crescimento de 1,8% do PIB.

Em termos desagregados, esperamos que o crescimento do PIB em 2022 seja liderado pelo setor de serviços, cuja previsão de crescimento é de 2,8%, ao passo que os setores da agropecuária e indústria devem mostrar relativa estabilidade. Pelo lado da demanda, mantemos a avaliação de que a absorção doméstica será determinante neste ano, com crescimento do consumo das famílias de 1,6%. Em relação aos investimentos, após a queda de 3,5% observada no primeiro trimestre, prevemos recuperação parcial no segundo trimestre e relativa estabilidade no resto do ano, de modo que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve fechar o ano de 2022 com queda de 2,8%.

Para 2023, nosso cenário é de crescimento de 1,3% no ano, baseado em duas hipóteses principais: i) com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária no exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade; e ii) ao iniciar-se 2023, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário doméstico sobre a atividade econômica já terá ocorrido.

No que se refere à inflação, apesar da atual taxa ainda elevada e da perspectiva de que pontos de pressão inflacionária, como petróleo, bens industriais e serviços, ainda se mostrem resilientes à queda, o cenário inflacionário projetado para os próximos meses vem se tornando mais favorável. Além da expectativa de uma acomodação no preço das commodities agrícolas e da estimativa de melhora na projeção da safra brasileira em 2022, a implementação da Lei Complementar no 194/2022 deve contribuir para uma alta menos acentuada dos preços administrados este ano. Neste contexto, que combina uma alta maior para os preços livres e uma significativa desaceleração dos preços administrados, nossa estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 foi levemente revista para cima, passando de 6,5%, conforme divulgado na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura, para 6,6%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a previsão foi mantida em 6,3%. Para 2023, a alta de ambos os índices é projetada em 4,7%.

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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Por: Maria Andréia P. Lameiras e Marcelo Lima de Moraes

Assim como vem ocorrendo em grande parte dos países, a inflação brasileira tem sido fortemente impactada pela aceleração dos preços das principais commodities no mercado internacional, refletindo os efeitos da guerra no Leste Europeu sobre a produção e a comercialização de petróleo, gás e cereais, além do persistente descasamento entre a oferta e a demanda mundial de insumos industriais. Adicionalmente, os danos causados a diversas lavouras temporárias pelos eventos climáticos, no início do ano, e a retomada do setor de serviços, neste período pós-pandemia, completam este quadro de pressão inflacionária em 2022. De acordo com o IPCA, no acumulado em doze meses, até maio, a inflação no país registra alta de 11,7%. Já no acumulado do ano, até maio, a inflação medida pelo IPCA é de 4,8%, impactada pela alta tanto dos preços monitorados (2,5%) quanto dos preços livres (5,6%), refletindo os reajustes dos alimentos no domicílio (9,5%), dos bens industriais (5,9%) e dos serviços (3,8%).

Nota-se, no entanto, que, mesmo diante de um contexto marcado por uma inflação corrente elevada e pela perspectiva de que pontos de pressão inflacionária, como petróleo, bens industriais e serviços, ainda se mostrem resilientes à queda, o cenário inflacionário projetado para os próximos meses vem se tornando mais favorável.

Dentro desta nova configuração, que combina uma alta maior para os preços livres e uma significativa desaceleração dos preços administrados, a estimativa de inflação do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea para o IPCA, em 2022, foi levemente revista para cima, passando de 6,5%, conforme divulgado na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura, para 6,6%. Por um lado, houve uma revisão mais intensa dos alimentos no domicílio e dos bens livres, cujas previsões avançaram de 9,1% e 5,4% para 12,3% e 9,1%, respectivamente, além de uma projeção mais alta para os serviços, com taxa de 6,8% ante 5,5%, estimada anteriormente. Por outro lado, a inflação estimada para os preços monitorados recuou de 6,9% para 1,1%.

No caso do INPC, embora a projeção do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea para o INPC, em 2022, tenha se mantido em 6,3%, houve uma mudança de composição. No caso dos preços livres, espera-se uma aceleração mais forte, refletindo uma pressão maior dos preços dos alimentos no domicílio e dos bens industriais, cujas taxas de variação estimadas avançaram de 9,3% e 5,2% para 12,6% e 8,9%. De modo semelhante, a taxa de inflação prevista para os serviços livres passou de 4,8% para 6,6%. Para os preços monitorados, entretanto, a previsão atual indica deflação de 0,9%, ante variação de 6,6% projetada anteriormente. ​

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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Por Maria Andréia P. Lameiras

Em maio, segundo o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, a inflação variou entre 0,29% para o segmento de renda muito baixa e 0,93% para a classe de renda alta. Com a incorporação deste resultado, no acumulado do ano, até maio, a inflação registra altas que variam de 4,66% (renda alta) a 4,85% (renda média). Já no acumulado em doze meses, as taxas apontam altas inflacionárias entre 11,2% (renda média-alta) e 12% (renda muito baixa).

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

De acordo com o gráfico a média da inflação mensal no último trimestre de 2022 foi aproximadamente

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Taxa mensal de inflação por faixa de renda (xlsx)

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