O que é arca da aliança

Guia para Estudo das Escrituras

Também conhecida como Arca de Jeová e Arca do Testemunho, a Arca da Aliança era uma urna ou caixa oblonga, de madeira recoberta de ouro. Era o mais antigo e o mais sagrado símbolo religioso dos israelitas. O Propiciatório, que formava a sua cobertura, era considerado a morada terrena de Jeová (Êx. 25:22). Após completado o templo, a arca foi colocada no Lugar Santíssimo, o lugar mais sagrado da estrutura (1 Re. 8:1–8).

  • Moisés construiu a arca por mandamento de Deus, Êx. 25.

  • Os filhos de Levi foram incumbidos de cuidar da arca, Núm. 3:15, 31.

  • A arca da aliança ia adiante deles, Núm. 10:33.

  • Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliança, Deut. 31:24–26.

  • As águas do Jordão separaram-se diante da arca da aliança, Jos. 3:13–17; 4:1–7.

  • Sacerdotes levaram a arca da aliança quando Israel foi conquistar Jericó, Jos. 6:6–20.

  • Os filisteus capturaram a arca de Deus, 1 Sam. 5.

  • O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom por causa da arca de Deus, 2 Sam. 6:11–12.

  • Uzá foi morto por haver tentado, desobedientemente, firmar a arca, 1 Crôn. 13:9–12 (D&C 85:8).

  • Edificai o santuário do Senhor Deus, para trazer a arca da aliança, 1 Crôn. 22:19.

  • Descrito o conteúdo da arca do convênio, Heb. 9:4.

Pergunta

O que é arca da aliança
O que é arca da aliança

Resposta

Deus fez uma aliança (condicional) com os filhos de Israel por intermédio do Seu servo Moisés. Ele prometeu o bem para eles e seus filhos por gerações se fossem obedientes a Ele e Suas leis; mas o Senhor sempre advertiu de desespero, punição e dispersão se desobedecessem. Como sinal da Sua aliança, Ele instruiu os israelitas a fazerem uma caixa de acordo com o Seu próprio design, na qual colocar as tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos. Esta caixa, ou baú, era chamada de "arca" e era feita de madeira de acácia revestida com ouro. A Arca era para ser alojada no santuário interior do tabernáculo no deserto e, eventualmente, no Templo quando fosse construído em Jerusalém. Esta caixa é conhecida como a Arca da Aliança. O verdadeiro significado da Arca da Aliança se encontra no que ocorria envolvendo a tampa da arca, conhecida como o "Propiciatório." O termo "Propiciatório" vem de uma palavra hebraica que significa "cobrir, aplacar, apaziguar, limpar, cancelar ou fazer expiação." Foi aqui que o sumo sacerdote, uma vez por ano (Levítico 16), entrava no Santo dos Santos, onde a Arca era guardada, e expiava os seus pecados e os pecados dos israelitas. O sacerdote aspergia sangue de um animal sacrificado no Propiciatório para apaziguar a ira de Deus pelos pecados cometidos no passado. Este era o único lugar no mundo onde esta expiação podia acontecer. O Propiciatório da Arca era um prenúncio simbólico do sacrifício final por todo o pecado - o sangue de Cristo derramado na cruz para remissão dos pecados. O apóstolo Paulo, um ex-fariseu que conhecia bem o Antigo Testamento, conhecia esse conceito muito bem quando escreveu que Cristo é a nossa cobertura pelo pecado em Romanos 3:24-25: "... sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé". Assim como só havia um lugar para expiação de pecados no Antigo Testamento - o Propiciatório da Arca da Aliança - assim também há apenas um lugar para expiação no Novo Testamento e tempos atuais - a cruz de Jesus Cristo. Como cristãos, não mais olhamos para a Arca, mas para o próprio Senhor Jesus como a propiciação e expiação pelos nossos pecados.

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O que é a Arca da Aliança?

De acordo com a narrativa bíblica, o povo hebraico tinha um pacto com o deus Javé estabelecido pelas inscrições de duas placas contendo pontos fundamentais de seus hábitos e crenças. Os Dez mandamentos eram mantidos em uma arca que, além de proteger as placas dos Dez Mandamentos, simbolizava a importância do acordo selado entre Javé e o povo hebreu.

Protegendo um cânon sagrado dos hebreus, a chamada Arca da Aliança tornou-se uma das mais preciosas relíquias das religiões judaico-cristãs. Envolta em mistério e dúvida, a questão sobre a existência da Arca da Aliança, volta e meia, ganha destaque em documentários e obras literárias. No entanto, esta e outras relíquias da narrativa bíblica confundem os limites entre fé e Ciência. Um dos mais antigos relatos sobre a Arca da Aliança aparece no fim do período do Cativeiro Egípcio, quando os hebreus foram mantidos como escravos no Antigo Egito, por volta de 1300 a.C. . De acordo com o livro bíblico de Êxodo, a Arca representava o favor de Jáve junto ao seu povo abençoado. Além disso, os relatos bíblicos dizem que este acordo selado teria sido estabelecido aos pés do Monte Sinai. Conforme alguns estudos apontam, a localização do Monte Sinai remeteria, na verdade ao monte Bedr. Essas diferenças ocorrem porque as histórias do livro de Êxodo foram elaboradas muito tempo depois do acontecimento dos fatos. Especialistas na história bíblica apontam que os eventos iniciais da história hebraica teriam sido formulados durante o cativeiro hebreu na Babilônia. Além de ser descrita como um sinal do favor divino, a Arca da Aliança é descrita na Bíblia como dotada de poderes sobrenaturais. Mantida como um objeto somente observado pelos sacerdotes levitas, a Arca teria sido local de aparição de Javé. A grande importância dada ao objeto demonstra como a adoção do culto monoteísta entre os hebreus não promoveu a completa ruptura com antigas tradições religiosas dos povos nômades. A Arca, devido seu alto grau de sacralidade, chegava ser um outro objeto de adoração dos hebreus. Durante as batalhas pela terra de Canaã, os hebreus conduziam a Arca da Aliança aos locais de confronto por acreditarem que a mesma garantiria as vitórias. Seu caráter sagrado ainda foi descrito no livro de Samuel, quando os filisteus roubaram a arca dos hebreus. Como conseqüência de sua ousadia, os filisteus foram acometidos por diferentes punições misteriosas. Somente no reinado do rei Salomão que a Arca foi mantida no Templo de Jerusalém construído entre 970 a.C. e 931 a.C.. Com separação do povo hebreu nas tribos de Judá e Israel, a Arca seria mais uma vez alvo da dominação estrangeira. Os babilônios, em 586 a.C., teriam destruído a cidade de Jerusalém sob a liderança do rei Nabucodonosor II. De acordo com o livro dos Macabeus, o profeta Jeremias profetizou a destruição de Jerusalém e, por isso, teria escondido a Arca no monte Nebo. Segundo o arqueólogo Dan Barat, a ação descrita no livro dos Macabeus tem uma conotação cultural. De acordo com esse estudioso, entre os judeus é comum dizer que algo foi posto no monte Nebo quando este objeto foi perdido para sempre. Portanto, existe a possibilidade da própria Bíblia relatar o fim da Arca da Aliança. No entanto, outros pesquisadores ainda contam com a possibilidade dos babilônios terem tomado a Arca como espólio de guerra. Já outro livro sagrado dos judeus, o Talmude, afirma que o rei Josias teria escondido a Arca em um compartimento secreto do Templo de Jerusalém. Quando os hebreus voltaram à Jerusalém, em 539 a.C., reconstruíram o Templo mantendo o local da Arca sem a presença da mesma. Tal constatação foi feita pelo general romano Pompeu que ao tomar a cidade de Jerusalém indagou porque os judeus mantinham um quarto vazio em seu templo. Depois disso, a chamada Diáspora Judaica manteve o mistério da Arca acobertado. Somente no século XII apareceram alguns relatos de que a Ordem dos Cavaleiros Templários mantinham a relíquia em segredo. Atualmente, há um grupo religioso etíope que diz manter a Arca escondida. Os monges da Igreja Santa Maria de Sião teriam recebido o objeto das mãos de Menelik, filho do Rei Salomão com a rainha de Sabá, em 950 a.C.. Segundo os monges, a Arca da Aliança permanece escondida em um templo próximo ao lago Zway. Até hoje, ninguém foi autorizado a entrar neste templo e, finalmente, desvendar o mistério sobre a Arca.

Sem maiores comprovações, alguns arqueólogos ainda concentram suas buscas na cidade de Jerusalém. Mesmo não sendo encontrada ou sendo uma mera invenção mítica, a Arca tem importante valor religioso para judeus e cristãos. A sua possível existência representa a confirmação da devoção religiosa de milhares de pessoas espalhadas pelo mundo.

Por Rainer Gonçalves Sousa