O que é igg reagente

O exame de IgG para toxoplasmose é um exame sorológico feito para verificar se a pessoa possui anticorpos contra o parasita responsável pela Toxoplasmose, o Toxoplasma gondii (T. gondii), sendo indicativo de infecção passada ou recente. Esse exame é normalmente solicitado juntamente com a dosagem de IgM, pois assim é possível saber se há uma infecção recente, sendo o tratamento iniciado logo em seguida.

Esse exame é feito principalmente em gestantes, pois caso seja verificado que a mulher está com uma infecção por toxoplasmose, é possível que o tratamento seja iniciado de imediato para evitar a transmissão para o bebê e o desenvolvimento de complicações gestacionais e/ ou alterações no desenvolvimento do bebê. Saiba mais sobre a toxoplasmose na gravidez.

A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada por um parasita que pode ser transmitida por meio do consumo de alimentos contaminados por cistos do parasita ou por meio do contato com as fezes de gatos infectados. Conheça mais sobre a toxoplasmose.

O que é igg reagente

O que significa IgG reagente

O resultado IgG reagente para toxoplasmose significa que existem anticorpos circulantes na corrente sanguínea contra o T. gondii, que é o parasita responsável pela doença, o que pode ter acontecido devido a uma infecção recente ou antiga. O valor de referência pode variar de acordo com o laboratório, no entanto, de forma geral, o IgG para toxoplasmose é considerado positivo ou reagente quando o nível de IgG é superior a 3,0 UI/mL. Resultados entre 1,6 e 3,0 UI/mL são considerados indeterminados.

É importante ter em mente que o resultado reagente para IgG da toxoplasmose não necessariamente indica que a pessoa está infectada no momento e, por isso, é necessária que também seja feita a dosagem do IgM, que é a imunoglobulina que começa a ser produzida assim que há a infecção, sendo, por isso, considerada um marcador de infecção recente. Entenda melhor sobre a relação entre IgM e IgG.

Como confirmar a toxoplasmose

Para confirmar a toxoplasmose, é importante que, além do IgG, seja também feita a dosagem do IgM, que é considerado positivo ou reagente quando a concentração desse anticorpo é superior a 0,60 UI/mL, podendo esse valor variar de acordo com o laboratório. Dessa forma, é considerado que a pessoa está com toxoplasmose quando:

  • IgG e IgM positivos ou reagentes, indicando que a infecção aconteceu a semanas ou meses;
  • IgM positivo e IgG negativo, indicando que a infecção é bastante recente, não havendo tempo suficiente do organismo produzir os anticorpos de memória, que são o IgG.

Além do resultado do exame sorológico, o médico deve avaliar os sinais e sintomas apresentados pela pessoa e, no caso de se tratar de uma gestante, pode ser também indicada a realização de ultrassom para verificar se há alguma alteração no desenvolvimento fetal.

As imunoglobulinas G e imunoglobulinas M, também conhecidas por IgG e IgM, são anticorpos que o organismo produz quando entra em contato com algum tipo de microrganismo invasor. Esses anticorpos são produzidos com objetivo promover a eliminação de bactérias, vírus, parasitas e fungos, além de toxinas produzidas por esses microrganismos quando invadem o corpo.

Como são importantes para avaliar a resposta imunológica do organismo à infecção, a dosagem de IgG e IgM podem ajudar no diagnóstico de diversas doenças. Assim, de acordo com o teste que o médico indica, é possível saber se essas imunoglobulinas estão ou não presentes circulantes no sangue e, assim, saber se a pessoa está com a infecção ou teve contato com o agente infeccioso.

O que é igg reagente

Diferença entre IgG e IgM

As imunoglobulinas G e M são estruturas com forma semelhante à letra "Y", são formadas por cadeias pesadas e cadeias leves e podem ser diferenciadas de acordo com características bioquímicas e moleculares, como tamanho, carga elétrica e quantidade de carboidratos em sua constituição, o que influencia diretamente em sua função.

Assim, a partir da avaliação das características bioquímicas e moleculares é possível diferenciar os tipos de imunoglobulinas, incluindo IgG e IgM, em que o IgG corresponde à maior imunoglobulina circulante no plasma e o IgM à maior imunoglobulina presente no espaço intravascular, que é o espaço dentro dos vasos, além de possuírem em suas regiões variáveis e extremidades diferentes padrões de complementariedade, o que tem impacto na função que desempenham.

Para que serve IgG e IgM

IgG e IgM são proteínas produzidas pelo organismo com o objetivo de defender o organismo contra agentes infecciosos e suas toxinas. O IgM é o primeiro anticorpo a ser produzido quando há uma infecção, sendo considerado um marcador de fase aguda da infecção. Essa imunoglobulina é responsável por ativar o sistema complemento, que é um sistema formado por proteínas, sinalizando que há uma infecção e favorecendo a eliminação do agente infeccioso invasor.

O IgG é produzido um pouco mais tardiamente, mas ainda na fase aguda da infecção, porém é produzido de acordo com o microrganismo invasor, sendo considerado mais específico, além de permanecer circulante no sangue, protegendo a pessoa contra possíveis infecções futuras pelo mesmo microrganismo. A produção de IgG é também induzida pela vacinação, de forma a proteger o corpo contra um agente infeccioso específico. Assim, os IgG são uma espécie de memória que o organismo cria para o resto da vida. Entenda como funciona o sistema imunológico.

Quando o exame é indicado

O exame sorológico de IgG e IgM serve para detectar o estágio de diversas doenças, como a toxoplasmose, rubéola, infecção pelo citomegalovírus ou pelo SARS-CoV-2 (COVID-19), por exemplo. Quando ocorre uma nova infecção, os primeiros anticorpos produzidos são as IgM que vão diminuindo à medida que a infecção é controlada, dando lugar às IgG, que permanecem para o resto da vida.

IgG negativoIgG reagente/ positivo
IgM negativo

A pessoa nunca entrou em contacto com o microrganismo.

A pessoa entrou em contacto com o microrganismo numa infecção antiga ou teve sucesso com a vacina.

IgM reagente/ positivo

A pessoa está ou esteve há poucos dias com uma infecção aguda.

A pessoa sofreu uma infecção recente, há umas semanas ou meses.

Assim, a existência de grandes quantidades de IgM para a rubéola, por exemplo, é sinal de que a infecção é recente, e quando os seus níveis baixam, permanecem os de IgG, o que significa que a infecção está controlada e que o organismo está produzindo anticorpos específicos contra este vírus, obtendo assim memória imunitária para essa doença.

Assim, num próximo contato com o vírus, o risco de desenvolver a doença seria mínimo, pois a pessoa teria anticorpos IgG específicos contra a rubéola que agiriam imediatamente. O mesmo acontece com a vacinação, em que, na maior parte dos casos são administrados vírus inativos que induzem a formação de IgG específicos.

O que significa IgM e IgG reagentes para COVID-19?

Caso no teste rápido para COVID-19 seja verificada a reação para IgM e para IgG significa que a pessoa está infectada pelo SARS-CoV-2, sendo importante ficar em isolamento e seguir as orientações do médico. O IgG positivo indica que a pessoa está entrando em uma fase mais crônica da infecção, sendo comum a pessoa não apresentar mais sintomas de infecção.

No caso de apenas o IgM ter sido positivo, é sinal de que é uma infecção recente, ou seja, é indicativo que a pessoa foi infectada há poucos dias, de forma que o sistema imunológico começou a atuar contra o vírus, sendo importante seguir as orientações do médico para evitar a transmissão da doença.

Por outro lado, caso seja apenas verificado IgG reagente, significa que a pessoa teve contato com o vírus em uma infecção recente, no entanto não está na fase ativa da doença, de forma que não transmite mais o vírus. É comum que o IgG permaneça positivo algumas semanas após a infecção.

Veja mais sobre o teste rápido para COVID-19.

Exame de IgG e IgM na gravidez

Durante a gravidez, o médico pode realizar alguns exames de sangue para identificar as infecções que a mulher já teve e para avaliar o seu estado imune, mediante dosagem de anticorpos específicos para cada um dos agentes infecciosos.

Existem 5 infecções que se permanecerem na gravidez podem ter um elevado risco de transmissão para o feto, sendo ainda mais grave quando a mãe sem anticorpos para um destes vírus adquire a doença durante a gestação, como é o caso da toxoplasmose, sífilis, rubéola, herpes simples e citomegalovírus.

Assim, é muito importante realizar a vacinação contra a rubéola cerca de um mês antes da gravidez e fazer o teste sorológico de forma a tratar as outras infecções antecipadamente. Veja quais são os exames indicados no pré-natal.

Os exames de anticorpos envolvem a análise de uma amostra (geralmente sangue, soro ou plasma) para mostrar a presença de um anticorpo (exame qualitativo) ou para medir a quantidade de um anticorpo (exame quantitativo). Anticorpos são produzidos pelo sistema imunológico. São proteínas (imunoglobulinas) que protegem as pessoas contra invasores microscópicos como vírus, bactérias, substâncias químicas e toxinas.

Existem cinco classes diferentes de imunoglobulinas (IgM, IgG, IgE, IgA e IgD). As três imunoglobulinas investigadas com maior frequência em exames são IgM, IgG e IgE. Os anticorpos IgM e IgG têm ação conjunta na proteção imediata e a longo prazo contra infecções. Os anticorpos IgE estão associados a alergias.

Sorologia é o termo usado para definir os exames que identificam a presença de determinados anticorpos no nosso sangue. Os mais comuns são os exames sorológicos denominados IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). Ou seja, IgM positivo significa que a pessoa possui anticorpos do tipo imunoglobulina M, e daí se deduz que ela já foi exposta e está na fase ativa da doença havendo a possibilidade do microrganismo estar circulando no paciente naquele momento. Um resultado positivo para IgG pode indicar que a pessoa está na fase crônica e/ou convalescente ou já teve contato com a doença em algum momento da vida e, portanto, para algumas doenças, esses anticorpos funcionam como uma proteção em caso de novo contato com o microrganismo.

A maioria dos testes rápidos de Bio-Manguinhos estão na plataforma de duplo percurso (DPP® – Dual Path Plataform). A tecnologia empregada nesses testes é uma evolução do teste rápido de fluxo lateral. Esta evolução tecnológica garante a ampliação dos níveis de sensibilidade e especificidade ao separar o processo de ligação antígeno-anticorpo do processo de revelação e, além disso, possibilita o desenvolvimento de testes multiplex com resultados altamente confiáveis.

Adicionalmente, esta plataforma também permite a detecção na mesma amostra, de forma simultaneamente e diferenciada dos parâmetros de IgM e IgG. É o caso do teste rápido para Chikungunya (TR DPP® Chikungunya IgM/IgG), teste rápido para dengue (TR DPP® Dengue IgM/IgG), teste rápido para Zika (TR DPP® Zika IgM/IgG) e do inovador teste rápido para Zika, Dengue e Chikungunya (TR DPP® ZDC IgM/IgG), que faz o diagnóstico das três doenças ao mesmo tempo.

Uma outra grande vantagem é a leitura eletrônica do resultado por meio de um equipamento de pequeno porte chamado micro leitor. Com a utilização do micro leitor, é eliminada a subjetividade de leitura e diminui a possibilidade de erro humano, além de possibilitar o registro automático e tratamento dos dados em computador, que pode ser incorporado ao leitor.

Confira a seção especial sobre o novo coronavírus no site de Bio-Manguinhos.

Jornalista: Gabriella Ponte