O que é um estudo urodinâmico

O que é um estudo urodinâmico
O que é um estudo urodinâmico
O que é um estudo urodinâmico
O que é um estudo urodinâmico
O que é um estudo urodinâmico
O que é um estudo urodinâmico

Você sabe o que é o estudo urodinâmico? Ele é utilizado para avaliar a função do trato urinário inferior, sendo indicado para homens e mulheres que apresentam alterações nas funções da bexiga, especialmente no armazenamento e  eliminação da urina. Neste artigo, você compreenderá mais detalhes sobre o estudo urodinâmico.

Continue a leitura!

Entenda o que é o estudo urodinâmico e qual a sua função

O estudo urodinâmico é o exame realizado para avaliar a função do trato urinário inferior, ou seja, a bexiga e a uretra. Através dele, é possível entender se a bexiga está em pleno funcionamento, armazenando a urina sob baixa pressão e eliminando a urina de maneira adequada.

Os dados obtidos através do exame permitem a posterior análise e interpretação, visando o diagnóstico de patologias. O estudo urodinâmico auxilia o médico urologista na definição do tratamento do paciente.

Quais as situações que permitem a solicitação do estudo urodinâmico

O estudo urodinâmico é solicitado pelo médico urologista para avaliar alterações da micção, como a obstrução do jato urinário ou perda da capacidade de reter a urina, podendo ser realizado em homens e em mulheres. O exame também é relevante para pacientes com doenças neurológicas, em especial doenças relacionadas à medula espinhal.

Segundo o Portal Brasileiro da Urologia, o estudo urodinâmico pode ser indicado em determinadas circunstâncias:

  1. Aumento da próstata: o estudo urodinâmico serve para avaliar a presença de obstrução ao fluxo urinário pela próstata, bem como a força de contração da bexiga;
  2. Incontinência urinária na mulher: o estudo urodinâmico determina a causa exata da perda de urina, se a incontinência está associada à urgência miccional/bexiga hiperativa ou se ocorre secundariamente a esforços;
  3. Incontinência urinária no homem: o estudo urodinâmico pode ser realizado, por exemplo, em casos de incontinência urinária após cirurgia para remoção da próstata;
  4. Pacientes com lesões neurológicas;
  5. Crianças com meningomielocele.

A solicitação do exame deve ser realizada pelo médico urologista. Desta maneira, será possível determinar com maior exatidão a causa dos sintomas urinários do paciente.

Como é realizado o exame de estudo urodinâmico

O estudo urodinâmico é um exame indolor, com a duração estimada de 30 a 60 minutos. Primeiramente, o paciente é deitado em uma maca, onde pequenas sondas ligadas a um aparelho são inseridas para a medição da pressão do abdômen e da bexiga.

Durante a realização do exame, a bexiga é enchida com soro e, ao final, o paciente elimina o líquido como se estivesse urinando normalmente em um vaso sanitário. Para que o exame possa ser realizado, é essencial que o paciente esteja com a bexiga cheia.

Gostou de saber mais sobre o estudo urodinâmico? Se você possui dúvidas relacionadas ao procedimento, deixe o seu comentário!

Estudo urodinâmico é vulgarmente conhecido como o eletrocardiograma da bexiga. Isto se deve aos traçados produzidos pelo aparelho e a semelhança com o exame cardiológico já difundido no meio leigo. Na verdade, o que observamos nos traçados dos estudo urodinâmico não são impulsos elétricos, e sim aferições de pressão e fluxo. É através destas pressões que observamos se bexiga está contraindo e esvaziando adequadamente.

Cuidados para realização do estudo urodinâmico

O preparo para realização do estudo urodinâmico não é complexo. Precisamos apenas nos certificar que não existe infecção em curso, portanto solicitamos eas e urinocultura como preparo para o exame. Normalmente não é necessário tomar antibióticos para realização do exame e o jejum pode ser curto, apenas para evitar mal estar durante o procedimento (4hrs).

Procedimentos para realização do exame

Para realização do exame é necessária a introdução de 2 sondas uretrais finas e um sonda retal. Uma das sondas uretrais serve para encher bexiga com soro durante a fase de enchimento. A segunda sonda uretral é responsável por medir a pressão na bexiga durante o exame. Por último,  sonda retal é conectada a um balão, e tem por objetivo avaliar a pressão abdominal. Para termos a medida da pressão causada pelo músculo da bexiga, precisamos descontar a pressão abdominal da pressão medida na bexiga.

Fases do estudo

O estudo urodinâmico se divide em 4 fases:

  • Urofluxometria – a urofluxometria consiste da micção livre em um recipiente sobre um medidor de fluxo. Está fase inicial visa exclusivamente avaliar o fluxo urinário e é realizado sem qualquer sonda uretral.
  • Cistometria – nesta fase as sondas são posicionadas conforme descrito acima. Avaliamos quanto de urina ficou na bexiga após a micção realizada na urofluxometria, a esse volume chamamos resíduo pós-miccinoal. O exame prossegue com a avaliação da pressão do músculo da bexiga, denominado músculo detrusor, durante o enchimento da bexiga. Nesta fase podemos avaliar a capacidade da bexiga de segurar a urina. Teremos informações importantes como a quantidade de liquido que cai na bexiga, se ela contrai involuntariamente e se ocorrer perdas de urina nesta fase. Alguns testes como indução de tosse ou esforço abdominal são utilizados nesta fase para sensibilizar o exame.
  • Estudo-fluxo pressão – nesta fase do estudo urodinâmico o paciente urina novamente no medidos de fluxo, mas desta vez com as sondas introduzidas. O objetivo é avaliar a pressão do músculo detrusor durante a micção e confrontar com o fluxo urinário. Com estas medidas podemos identificar obstruções ao fluxo urinário ou bexiga com problemas para contrair e expulsar a bexiga.

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Indicações do estudo urodinâmico

Existem múltiplas indicações para se estudar as pressões e fluxos urinários. As mais frequentes estão associados à:

Incontinência urinária – a perda involuntária de urina é mais comumente causada por fraqueza da musculatura que fecha a uretra (esfíncter) ou pela contração involuntária da bexiga. Estas duas patologias têm tratamentos completamente diferentes. Nestes casos o estudo urodinâmico é essencial para definir a causa da incontinência.

Bexiga neurogência – sabemos que pacientes com bexigas que não contraem adequadamente podem apresentar pressões detrusoras muitos elevadas durante fase de enchimento vesical e que isto pode causas lesões renais graves. O estudo urodinâmico ajuda a identificar estes casos e monitorar o tratamento.

Obstrução urinária – Existem situações clínicas onde fica difícil diferenciar entre a obstrução urinária e bexiga que nao contrai adequadamente, pois as duas condições causam redução do fluxo urinário. Nestes casos a realização do estudo fluxo pressão ajuda a diferenciar as duas condições.