Por que a formacao de rochas metamorficas so ocorre

São aquelas formadas a partir de outra rocha (sedimentar, ígnea ou metamórfica) por ação do metamorfismo. Entende-se por metamorfismo  o crescimento de cristais no estado sólido, sem fusão. A mudança nas condições de pressão e temperatura provoca mudanças na composição mineralógica da rocha ou pelo menos deformações físicas.

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Um calcário, por exemplo, submetido a um aumento de pressão e temperatura, transforma-se em mármore; um arenito transforma-se em quartzito; um folhelho (rocha sedimentar argilosa) transforma-se em ardósia.

O limite entre rochas sedimentares e metamórficas é arbitrário e difícil de estabelecer, exceto onde o calor e os esforços tenham sido primordiais nas mudanças. Já a distinção entre rochas sedimentares e ígneas é fácil, a não ser quando se trata de rochas ígneas piroclásticas.

Uma característica típica das rochas metamórficas é a foliação (xistosidade), estrutura paralela que produz partição mais ou menos plana na rocha.

O conjunto de rochas metamórficas de qualquer composição que tenham se formado nos mesmos intervalos de pressão e temperatura constitui uma fácies metamórfica. Há sete fácies metamórficas principais: fácies piroxênio-hornfels, fácies granulito, fácies eclogito, fácies anfibolito, fácies albita-epídoto-anfibolito, fácies xistos verdes e fácies sanidinito.

A rocha levada a um determinado grau de metamorfismo pode depois sofrer metamorfismo parcial em temperatura mais baixa, chamado de retrometamorfismo.

As rochas metamórficas distribuem-se principalmente nas regiões montanhosas. A mais antiga de todas as rochas encontradas até hoje na Terra é uma rocha metamórfica que existe no Canadá, o Gnaisse Acasta, de 3,96 bilhões de anos, descoberto em maio de 1984.

O metamorfismo, processo que gera uma rocha metamórfica, pode ser:

a) metamorfismo de contato – o que surge pela ação de um magma sobre as rochas vizinhas. Ocorre principalmente nas proximidades de rochas plutônicas ácidas.

b) metamorfismo regional – aquele que surge em massas de rocha que são enterradas e submetidas a determinadas condições de pressão e temperatura. Pode ser de baixo, médio ou alto grau. Afeta áreas com até milhares de quilômetros quadrados e em grandes profundidades. Quando a temperatura ultrapassa a faixa de 700-800 ºC, as rochas começam a se fundir, produzindo magma.

c) metamorfismo dinâmico ( ou cinemático) – aquele que ocorre em zonas de deformação estreitas, com intenso deslocamento.

d) metamorfismo de impacto – o que ocorre em decorrência do impacto de um meteorito.

Habitualmente se distinguem as rochas ortometamórficas, originadas das ígneas, e as parametamórficas, resultantes da transformação de rochas sedimentares.

De acordo com a textura, as principais classes de rochas metamórficas são:

  • – Hornfels (cornubianitos): rochas sem foliação, grãos equidimensionais, formados por metamorfismo de contato.
  • – Ardósias: granulação fina (cristais microscópicos), foliação tabular perfeita (clivagem ardosiana), mas sem faixas, formadas por metamorfismo regional sobre rochas sedimentares clásticas finas (argilitos e siltitos).
  • – Filitos: xistosas; de granulação fina, mesma origem das ardósias; mas com granulação maior, às vezes com faixas incipientes; brilho sedoso.
  • – Xistos: acentuadamente foliados, com grãos que permitem fácil identificação dos principais componentes, ricos em mica, formados por metamorfismo regional ou de deslocamento profundo.
  • – Anfibolitos: granulação média a grossa composta principalmente de hornblenda e plagioclásio, foliação menos nítida que nos xistos típicos formados por metamorfismo regional de grau médio a alto.
  • – Gnaisses: granulação grossa, bandas irregulares, predomínio do quartzo e do feldspato sobre as micas, tornando a foliação menos visível. Metamorfismo regional de grau alto.
  • – Granulitos: rochas equigranulares, sem micas e sem anfibólios, portanto sem foliação nítida. Metamorfismo regional de alto grau.
  • – Mármores: compostos de calcita ou dolomita usualmente pouco foliados. Forma corpos lenticulares.
  • – Cataclasitos: formados por deformação sem alteração química. Aumentando a deformação e surgindo faixas e listras, passam a milonitos.
  • – Milonitos: rochas de granulação fina resultantes da trituração de rochas mais grossas. Têm aspecto de sílex e formam-se por metamorfismo de deslocamento extremo, sem alteração química digna de nota.
  • – Filonitos: aspecto semelhante ao de filitos, formadas como os milonitos, mas com pronunciada reconstituição química, surgindo películas de mica nos planos de foliação.

Fonte:

BRANCO, Pércio de Moraes. As rochas (curso de extensão para professores do Ensino Médio). (Inédito)________.

Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. 608 p. il.

ENCYCLOPAEDIA Britannica do Brasil Publicações Ltda.

As Rochas metamórficas São um grupo de rochas que se formaram pela presença de outros materiais no interior da Terra, tudo através de um processo chamado metamorfismo. Sua transformação foi resultado de uma série de ajustes mineralógicos e estruturais que transformaram a rocha original em uma rocha metamórfica. Devido à sua origem, pode haver uma classificação entre rochas ígneas e metamórficas, de onde nasceram. O estudo dessas rochas fornece informações valiosas sobre todos os processos geológicos que ocorrem na Terra e como eles podem mudar ao longo do tempo.

Neste artigo vamos falar sobre as características, formação e origem das rochas metamórficas.

Características principais

As rochas metamórficas são alteradas por processos térmicos, de pressão e químicos. Geralmente enterrado bem abaixo da superfície. A exposição a essas condições extremas alterou a mineralogia, a textura e a composição química da rocha. Existem dois tipos básicos de rochas metamórficas: Rochas metamórficas

  • folhar como gnaisse, filito, xisto e ardósia, que desenvolvem uma aparência em camadas ou faixas devido ao aquecimento e à pressão direcional; S
  • não foliado como mármores sem folhas e quartzitos sem o aparecimento de camadas ou faixas.

As rochas metamórficas são provavelmente as menos conhecidas e muitas vezes são confundidas ou associadas a outras por aqueles que não são especialistas em geologia e petrologia. Não obstante, Essas rochas não são apenas muito abundantes na crosta terrestre, eles também são o produto de escolha para numerosos fenômenos geológicos e tectônicos, como a formação de montanhas.

O estudo das rochas metamórficas é de fundamental importância para compreender a evolução geológica da Terra. Além disso, isso deve ser de grande interesse para os coletores de minerais, rochas metamórficas representam um ambiente geológico típico onde podem ser encontradas muitas espécies minerais muito procuradas, como granada e berilo. O conjunto de todos os fenômenos que fazem com que as rochas se transformem em novas rochas é chamado de metamorfismo, termo derivado da palavra grega que significa .

As rochas metamórficas são formadas pela recristalização em estado sólido de rochas preexistentes, em grande escala ou em escala local, como resultado de altas pressões e/ou altas temperaturas que ocorrem sob condições específicas e como resultado de processos geológicos específicos.

Isso significa que quando qualquer tipo de rocha (seja ígnea, sedimentar ou metamórfica) se solidifica, está em condições físico-químicas muito diferentes da rocha original. estava em equilíbrio, criando um novo tipo de rocha… Isso será diferente do original em estrutura, textura, mineralogia e, às vezes, composição química (quando a ação do lixiviado rico em minerais também interfere no metamorfismo).

O metamorfismo regional ocorre quando as rochas são trazidas a grandes profundidades em relação ao local onde se originaram. A extensão do metamorfismo regional é completamente dependente da profundidade, uma vez que a temperatura e a pressão aumentam com a profundidade. Rochas com a mesma composição inicial e transformações cada vez mais pronunciadas eles formam uma série metamórfica em que encontramos como exemplo argilas que formam outras rochas. Por exemplo, uma rocha metamórfica de zona baixa é a ardósia, que forma planos paralelos após o metamorfismo. Outros exemplos são os quartzitos e as rochas magmáticas.

Esse tipo de metamorfismo ocorre quando as rochas são ultrapassadas pelo magma que sobe das regiões mais profundas até a superfície. É por isso que é chamado de "contato".

Este processo geralmente envolve a recristalização de minerais existentes, que adquirem novas estruturas e dimensões. Isso se deve à fluidez que o mineral adquire à medida que a temperatura aumenta. O mármore é um exemplo de tal rocha.

Um terceiro tipo de metamorfismo ocorre em rochas superficiais que são comprimidas quando o movimento da crosta terrestre as empurra uma em direção à outra. O grau de metamorfismo depende da intensidade da pressão.

Às vezes, novos minerais maiores são formados, nesses exemplos podemos encontrar milonita.

O processo de metamorfismo provoca muitas mudanças nessas rochas, entre as quais o aumento da densidade, o alargamento dos cristais, a reorientação dos grãos minerais e a transformação de minerais de baixa temperatura em minerais de alta temperatura. Esses critérios são quais rochas podem ser classificadas, mas vamos explicar cada característica dessas rochas, geralmente falaremos das rochas mais comuns, pois há uma grande variedade de rochas nesse grupo, começaremos com isso:

  • Ardósia e filito: Esta rocha tem uma textura de granulação muito fina a fina. É composto principalmente de silicatos em camadas e quartzo; feldspato também está frequentemente presente. Devido à orientação dos filossilicatos, as rochas são foliadas e propensas à fissão. São rochas que não são usadas hoje, mas já foram usadas para impermeabilizar telhados.
  • Xisto: Esta rocha tem uma textura de grão médio a grosso com foliação pronunciada, e os grãos minerais neste caso podem ser distinguidos a olho nu. O uso deste tipo de rochas está na construção, pois são muito fortes e duráveis. Suas fontes podem ser argilas e lamas, incluindo processos intermediários.
  • Gneisse: A sua origem é a mesma dos minerais graníticos (quartzo, feldspato, mica), mas tem uma orientação zonal, e os tons claros e escuros que os minerais provocam são também produto do metamorfismo de rochas ígneas e sedimentares. Seu uso também se concentra na arquitetura, principalmente na formação de danos pixelados, paralelepípedos, etc.
  • Marble: A textura desta rocha varia de fina a grossa, sua origem é do calcário à cristalização, esta rocha pode se originar de processos como metamorfismo, magma, hidrotermal, sedimentação, etc. Além disso, o carbonato de cálcio confere várias cores ao mármore e define suas propriedades físicas. Seus usos vão desde decorativos até o uso na arte e na arqueologia.
  • Quartzito: Como o próprio nome indica, esta rocha é composta principalmente por minerais de quartzo e possui uma estrutura não frondosa, obtida como uma estrutura de xisto devido à recristalização a alta temperatura e pressão. Seus usos são em processos metalúrgicos e na fabricação de tijolos de sílica, outros usos são rochas decorativas em arquitetura e escultura.

Espero que com essas informações você possa aprender mais sobre rochas metamórficas e suas características.