Quantos dias são necessários a pratica do esporte para crianças

Muitos pais que decidem que seu filho ou filha tenha que praticar um esporte, acabam tendo a mesma dúvida: que esporte é melhor para ele ou ela? Existe um esporte para cada idade, para cada tipo de personalidade, e para cada necessidade ou capacidade que tenham as crianças.

Por exemplo, para uma criança tímida, irá bem a prática de um esporte em equipe, porque isso a ajudará a socializar-se. Para uma criança preguiçosa, seria melhor um esporte individual porque a obrigaria a esforçar-se mais. E assim, com tudo.

Cada vez menos se escolhe o esporte pelo sexo que tenha a criança, ainda que existe uma tendência natural de que as meninas escolham ginástica, e os meninos, o futebol. Ainda assim, tudo está mudando, e tanto os meninos como as meninas já compartilham todos os esportes.

A escolha de um esporte é uma tarefa que se deve fazer em conjunto, entre filho e pais. É necessário, sobretudo, respeitar o gosto e o interesse dos pequenos, e nunca obrigá-los que façam algo que não gostem. Aos pais cabe determinar o horário disponível para a prática do esporte e se está à sua altura, economicamente falando.

Não devem fazer mais de três ou quatro horas de exercícios físicos por semana. Em todo caso, é aconselhável que antes façam uma consulta com o pediatra sobre o esporte que convém praticar, caso a criança sofra de algum problema respiratório ou físico. Nessa idade, o melhor esporte que as crianças podem praticar é a natação. Neste esporte poderão trabalhar todos os aspectos importantes no desenvolvimento do pequeno, como são a coordenação, a resistência, a disciplina, e a relação entre o esforço e o resultado.

Nessa idade, o importante é que a criança realize vários e diferentes esportes para que possa escolher livremente depois do que mais gosta. O esporte que praticam nessa idade, pode dar-lhes uma base grande de diferentes capacidades. O ideal seria que fizessem um esporte individual e outro coletivo. O individual poderia ser a natação, a ginástica desportiva ou as artes marciais (Tae-Kwon-Do, Judô) e os coletivos seriam os típicos, como o futebol, basquetebol, handebol, voleibol e outros.

Nessa idade, os pais já se perguntarão se seu filho precisa de um esporte só para divertir-se ou querem um desportista de competição. Tudo dependerá da opinião que tenha o menino ou a menina, ainda que sempre será a opinião dos pais que vai prevalecer. Eles devem optar se estão dispostos a sacrificar-se pelo esporte de competição, já que necessita de uma dedicação maior, ou só pratique esporte e ponto. A escola de competição exige assistência e apoio máximos, como alimentação, horários adequados, etc.

Escolher o esporte mais adequado para os filhos exige que se conheça seus gostos, suas capacidades corporais, possibilidades, seu caráter e suas necessidades:

1- Para crianças coordenadas, os esportes coletivos podem ser uma boa opção, como são o voleibol, o basquetebol, o futebol, handebol.

2- Para crianças inquietas ou nervosas, com falta de concentração, mas trabalhadoras quando motivadas, melhor que optem pelo atletismo ou a natação.

3- Para crianças perfeccionistas, com autocontrole e com capacidade de sofrimento, o melhor são os esportes individuais como a ginástica desportiva, o tênis, ou as artes marciais.

4- Para crianças fortes e com boa forma física, pode-se optar por esportes com riscos de lesões como o boxe e o rugby.

5- Para crianças muito ágeis, qualquer esporte que escolher terá êxito.

Em todos os casos, o melhor é solicitar a orientação do professor, antes de tomar qualquer decisão. Ele saberá avaliar melhor sobre qual o esporte ideal para cada menino ou menina.

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Publicado: 5 de março de 2015
Actualizado: 11 de janeiro de 2017

Aos 13 anos, a skatista Rayssa Leal levou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos e encantou todo o mundo. E não foi apenas a destreza nas manobras que chamou a atenção. Fadinha, como é conhecida, esbanjou leveza e alegria durante a competição. Sorriu, dançou e mostrou tranquilidade, evidenciando que a prática esportiva contribui também para o desenvolvimento emocional das crianças.

“A prática de esporte pelas crianças pode contribuir e muito nos fatores emocionais, pois é nesse momento que a criança pode se expressar, usar a criatividade e até desenvolver novas habilidades de uma forma divertida, permitindo que a criança se sinta feliz durante e depois das atividades”, afirma a professora de educação física Sabrina Schröder.

Segundo a profissional, os hormônios liberados durante a prática esportiva ajudam a reduzir o estresse, diminui a ansiedade, melhora a autoestima, diminui a depressão infantil e melhora o sono da criança. “Quando a criança se identifica com a prática esportiva e consegue progredir, ela fica mais confiante. Enfim, a criança ativa é mais feliz”, ressalta Sabrina.

 Para Lucas Luiz Alves Leopoldo, presidente e fundador do Projeto Social Socializar Aceres, que atende crianças em situação de vulnerabilidade em Minas Gerais, o esporte possibilita aos baixinhos a lidar melhor com as próprias emoções. “O esporte dá suporte para desenvolver responsabilidade e autocontrole. Claro que sempre supervisionados por profissionais, professores e técnicos com formações acadêmicas. Lembrando que nos próximos anos, devido à pandemia, as práticas esportivas terão um papel fundamental na vida de todos, principalmente das crianças, em relação à recuperação da saúde física, mental e emocional”, pontua.

Esporte estimula habilidades e competências no desenvolvimento infantil

Além de estimular a coordenação motora, favorecer o equilíbrio e auxiliar no amadurecimento emocional, os esportes possibilitam ainda o desenvolvimento de habilidades e competências que refletem até mesmo na vida adulta. Um dos pontos destacados pela professora de educação física Sabrina Schröder é o papel fundamental que o esporte exerce para a socialização infantil.

Quando falamos em socialização não estamos falando apenas na criança estar em um ambiente com outras crianças e, sim, na sua capacidade de se relacionar, de se sentir confiante e segura para poder se expressar e criar relações. Habilidades como trabalho em equipe, solidariedade, empatia e respeito vão sendo construídas através do esporte, e contribuem muito para seu desenvolvimento e, principalmente, prepara para os desafios de convivência das fases seguintes, que é a adolescência e a vida adulta”, destaca.

Sabrina afirma ainda que as práticas esportivas melhoram o desempenho escolar, pois desenvolvem o raciocínio, a memória e a concentração. “A criança aprende pela convivência com outras a se relacionar bem, aceitar as diferenças. Aprende a resolver conflitos, tomar decisões, respeitar. Aprende sobre saúde e bons hábitos e aprende a lidar com as frustrações, afinal nem sempre se ganha um uma partida de futebol”, explica.

Além de prevenir a obesidade na infância e na vida adulta, outro benefício apontado pela ortopedista pediátrica Natasha Vogel Majewski Rodrigues é o aprendizado com o autocuidado. “O esporte ensina os cuidados referentes a cada atividade, o uso de equipamentos de proteção, o uso de calçado adequado, a importância da hidratação, o aquecimento para iniciar a atividade e o alongamento, além de oferecer momentos de prazer”, completa.

A partir de qual idade é recomendada a prática esportiva? 

A ortopedista pediátrica Natasha Vogel Majewski Rodrigues é enfática ao afirmar que o estímulo à atividade física deve começar desde o nascimento. “Quando incentivamos os bebês a serem ativos como: sentar, se arrastar, engatinhar e andar; evitamos comportamentos sedentários, o que não é benéfico para a saúde e desenvolvimento da criança”, explica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a partir dos 3 anos as atividades físicas estruturadas, como natação, danças, lutas e esportes coletivos podem ser incluídos no dia a dia da criança.

A professora de educação física Sabrina Schröder lembra que a natação é recomendada para bebês a partir de 6 meses. “A criança pode ser introduzida à natação de forma lúdica, com músicas, e na companhia dos pais, o que além de dar mais segurança à criança, permite que ela explore seus próprios movimentos em um ambiente diferente e de forma agradável”, orienta.

Na opinião de Lucas Luiz Alves Leopoldo, presidente do Projeto Social Socializar Aceres, é importante permitir que, até os 11 anos, a criança tenha a oportunidade de experimentar todos os esportes que desejar, enfatizando a parte lúdica e sem muitas responsabilidades.

“O importante é ter várias experimentações, vários tipos de movimentações e situações para o seu desenvolvimento e formação integral. A partir dos 12 é que começa a ter uma certa escolha por uma prática e um pouco mais de responsabilidades, com cobranças de alguns resultados para que eles possam evoluir, tanto a parte física quanto a parte técnica, tática, emocional, social e assim por diante”, exemplifica.

Família deve incentivar ao esporte, mas sem cobrar resultados    

Para a ortopedista pediátrica Natasha Vogel Majewski Rodrigues, a família deve garantir que a atividade física feita pelos filhos e/ou filha seja agradável, respeite a maturidade mental de cada criança, segura e que contribua para o desenvolvimento infantil.

“Educadores e pais devem oferecer um ambiente de competição saudável, que estimule a confiança, a cooperação e uma autoimagem positiva, em vez de apenas vencer. E se a criança não gostar de um determinado esporte, a nossa função como pais é proporcionar o contato com diversas modalidades e explicar sobre a importância disso”, recomenda.

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