Quem tem categoria D pode pilotar moto

Tirar a carteira D é o sonho de muitos motoristas. Isso porque ela concede boas oportunidades de trabalho, sem que para isso você precise investir muito tempo e dinheiro.

A maioria das empresas contratantes costuma exigir apenas experiência e uma boa conduta no trânsito para contratar motoristas para atuar com esse tipo de carteira de habilitação.

Ficou curioso e quer saber mais sobre carteira D, quais veículos pode dirigir e como tirar? Então, continue a leitura!

Saiba o que a categoria da carteira D permite

A legislação prevê que a categoria D capacita o motorista para conduzir transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluindo o motorista.

São exemplos desse tipo de veículo os ônibus, micro-ônibus e vans.

Com essa categoria, o motorista também está apto a conduzir todos os veículos dos tipos de CNH B e C.

Entenda cada categoria da CNH

Quando você frequenta o curso teórico nas autoescolas, são apresentadas as categorias da CNH, mas elas podem passar despercebidas diante de tanta informação.

Para ajudar você a lembrar cada uma delas, separamos uma comparação prática. Acompanhe!

Carteira A

A carteira A concede ao motorista a autorização para conduzir veículos de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral, com mais de 50 cm³ de cilindrada.

Carteira B

Com a carteira B é possível conduzir veículos de quatro rodas com até 3,5 toneladas de peso bruto total e capacidade para até oito passageiros, além do motorista (nove ocupantes no total).

Nessa categoria, você também pode fazer o acoplamento de reboques e semirreboques.

Para isso, o conjunto da extensão e veículo não deve ultrapassar o peso ou lotação máximos de até oito pessoas mais o condutor.

No entanto, não é permitido dirigir carros puxando trailers, contemplados apenas na categoria E.

Carteira C

Na categoria C, os condutores são habilitados para conduzir todos os tipos de veículos que constam na categoria B.

Ainda podem conduzir veículos de carga, não articulados, com mais de 3,5 toneladas de peso bruto total, a exemplo das máquinas agrícolas, tratores e caminhões.

Com a carteira C, você também pode conduzir veículos com unidades acopladas, sendo que o conjunto não pode ser superior a seis toneladas.

Carteira D

Como já adiantamos, a carteira D é a categoria indicada para quem deseja conduzir veículos para o transporte de passageiros que comportem mais de 8 passageiros.

Além dos ônibus, vans e micro-ônibus, também é possível dirigir todos os veículos inclusos nos tipos de CNH B e C.

Carteira E

A categoria E é a mais completa, pois com essa habilitação você pode dirigir todos os veículos incluídos nos tipos de nas carteiras anteriores.

Com ela, ainda é possível conduzir veículos com unidades acopladas que excedam 6 toneladas.

Compreendem os veículos dessa categoria as carretas, caminhões com reboques e semirreboques articulados.

Carros puxando trailers também compreendem a carteira E.

Permissão ACC

A Autorização para Conduzir Ciclomotor, a ACC, é uma espécie de habilitação, embora tenha aspectos que a distinguem da CNH.

Os veículos dessa categoria não podem ultrapassar 50 km/h, por isso são chamados de “cinquentinhas”.

Os exames para obter a ACC possuem etapas e exigências mais amenas que a CNH das categorias A e B. No entanto, a habilitação tem validade de apenas 12 meses.

Entenda os requisitos para obter a carteira D

Para tirar a carteira de motorista D, o candidato deve seguir os requisitos abaixo. Acompanhe!

  • Estar habilitado, no mínimo, há 2 anos na categoria B ou, no mínimo, há um ano na categoria C
  • Ter no mínimo 21 anos de idade
  • Não ter cometido mais de uma inflação gravíssima nos últimos 12 meses

Preenchendo todos esses requisitos, para solicitar a CNH D, você deve:

  1. Realizar a avaliação psicológica e o exame de aptidão física e mental
  2. Fazer o exame toxicológico, obrigatório para as categorias C, D e E
  3. Solicitar o serviço ao Detran ou em empresa credenciada (auto escola ou CFC)
  4. Fazer o curso prático em um veículo compatível com a categoria para a qual pretende mudar
  5. Realizar o exame prático em veículo da categoria para a qual pretende mudar e obter aprovação

Quanto custa a carteira D

Os valores variam de acordo com as taxas de cada estado e também conforme o Centro de Formação de Condutor (CFC) escolhido.

Mas, uma estimativa de valor médio para a categoria D pode ficar em torno de R$ 1.735,00, caso você seja aprovado em todas as etapas de primeira.

Saiba como renovar a carteira D

A renovação da categoria D, assim como as demais categorias, segue os prazos estabelecidos na Nova Lei de Trânsito. Acompanhe!

  • a cada 10 anos para condutores com idade inferior a 50 anos;
  •  a cada 5 anos para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos; 
  • a cada 3 anos para condutores com idade igual ou superior a 70 anos.

Confira como renovar sua carteira de motorista na categoria D:

  1. Acessar o site do Detran do seu estado e agendar um horário para fazer os exames de aptidão física e mental;
  2. Fazer o exame toxicológico, obrigatório para as categorias C, D e E da CNH;
  3. Pagar a taxa de renovação ao Detran;
  4. Voltar à mesma unidade em que o processo foi iniciado e apresentar os documentos solicitados;
  5. Entrar em contato com uma autoescola de categoria D credenciada para realizar a prova prática de direção;
  6. Receber o documento no endereço cadastrado no Detran em até 7 dias úteis.

Necessidade do exame toxicológico para carteira D

Como já mencionamos, o exame toxicológico é obrigatório para a carteira D.

Desde 2016, a legislação vigente prevê que os condutores habilitados nas categorias C, D e E devem fazer o exame para renovar ou obter a carteira de motorista (CNH).

O exame toxicológico para a categoria D é o de larga janela de detecção, e deve ser realizado em um laboratório credenciado pelo Denatran.

A lei ainda rege que os motoristas profissionais que exerçam as suas atividades de forma autônoma ou em regime de CLT, precisam realizar o exame nas suas contratações e desligamentos, e também para obter ou renovar a habilitação D.

Viu como a carteira D pode ser uma ótima oportunidade para você ingressar ou retornar ao mercado de trabalho? Seguindo essas dicas você tira o documento de forma rápida e também prática.

Quer saber onde você pode tirar a sua carteira D? Então encontre um parceiro Procondutor perto de você!

Quem tem categoria D pode pilotar moto

DETRAN-SP

Em atendimento à legislação eleitoral, os demais conteúdos deste site ficarão
indisponíveis de 2 de julho de 2022 até o final da eleição estadual em São Paulo.

Danielle Blaskievicz
25/11/2019 - Tempo de leitura: 3 minutos, 6 segundos

Apresentar algum tipo de deficiência não é impeditivo para quem quer pilotar motocicleta. Para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é necessário passar por exames médicos, psicológicos e práticos de direção. Pessoas com deficiência (PCD) que estejam aptas para essas avaliações têm direito à CNH especial, documento que especifica as adaptações necessárias ao veículo – entre eles as motos. 

As condições de mobilidade física não são os únicos elementos que indicam que alguém é PCD. Existem várias patologias que podem ser caracterizadas como deficiência e, somente no Brasil, existem mais de 46 milhões de pessoas que se enquadram nessa classificação, o equivalente a 24% da população, segundo dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Inclui desde pessoas que tiveram membros amputados, usam órteses ou próteses, têm paralisia ou ainda condições menos aparentes como alguns tipos de câncer, cardiopatias e LER.

O advogado Carlos Alexandre Negrini Bettes, especialista em Trânsito e Mestre em Gestão Urbana, diz que a legislação não estabelece diretrizes objetivas quando o assunto é a CNH especial, mas remete a exames para avaliar as condições físicas, psicológicas e de prática para dirigir. 

Além dos exames habituais aos quais todos os candidatos se submetem, há ainda mais uma etapa que é a avaliação médica. A diferença entre os dois modelos de CNH é que, caso a pessoa com deficiência seja aprovada em todas as fases, a CNH especial apresenta um campo de observações para que o médico possa indicar as restrições daquele motorista e quais as adaptações necessárias à moto ou ao carro.

O advogado salienta que esse item é importante inclusive para indicar às autoridades de trânsito que se trata de um motorista PCD com veículo adaptado.

Bettes explica que dentro de cada categoria de habilitação -A, B, C, D, mista – existem normatizações específicas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e dos Conselhos Federal de Medicina e de Psicologia. 

Na prática, porém, não há muita procura de pessoas com deficiência solicitando carteira especial para moto, segundo o médico Dirceu Diniz, coordenador de Departamento de Acessibilidade da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).

Diniz explica que o médico que atua nessa área vai avaliar o candidato do ponto de vista de suas funcionalidades, que é a capacidade para executar determinadas funções, e das condições apresentadas para dirigir um veículo. 

A avaliação prevê prova prática em veículo adaptado para a categoria pretendida. No caso das motocicletas, a adaptação mais comum é no sistema de embreagem, que pode ser automática ou semiautomática.

No caso do exame psicológico – realizado nas clínicas credenciadas aos Departamentos Estaduais de Trânsito –, o objetivo é verificar o comportamento do motorista no trânsito e como ele reage em situações adversas. 

A psicóloga Thais Ribas, especialista em Psicologia do Trânsito, afirma que a avaliação é igual para todos os candidatos, independentemente de deficiência ou da categoria de habilitação pretendida. A única exceção feita é para candidatos surdos-mudos que são acompanhados por intérprete de libras.

Nesse processo, o papel do psicólogo é identificar se o candidato está apto para lidar com as situações cotidianas do trânsito, grau de atenção, tranquilidade e agressividade. Segundo a especialista, quando há algum indício de alteração neurológica, o candidato é encaminhado para nova avaliação médica.