Você concorda com o que o poema afirma sobre quem não se interessa por política justifique

O analfabetismo político se refere ao conceito das pessoas que não compreendem os acontecimentos e figuras da política [1] como seria esperado sobre uma democracia onde todo o cidadão tem poder sobre quem é decidido ser o seu líder e representantes, esta noção é vista por uns como sendo extremamente errada devido ao impacto que um voto não propriamente educado tem sobre a sua nação. Este tipo de indivíduo, na sociedade, não aceita pronunciar-se ou discutir sobre qualquer forma de governo, sendo ela boa ou não para a população de seu território.

Segundo o advogado Edgar Herzmann, "O analfabetismo político representa uma estagnação social, uma zona de conforto cega, desprovida de consciência política, evidenciada pelo conhecido discurso pronunciado pelos equivocados do tipo: “odeio política”, “política não se discute” e materializada em atitudes como desligar o rádio na “Hora do Brasil” ou o televisor durante o horário da propaganda eleitoral obrigatória."[2]

A partir da ideia de uma monotonia social, uma pessoa que vive sua vida de maneira extremamente tediosa, não buscando quaisquer informações, surge o analfabeto político, descrito por Bertolt Brecht, poeta e dramaturgo alemão.

 

Bertolt Brecht em 1931

O texto a seguir redige sobre o analfabeto político, segundo a visão de Bertolt Brecht[3][4]

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra,
corrupto e lacaio das empresas
nacionais e multinacionais.

—  O texto é atribuído a Bertolt Brecht pela primeira vez em Terra Nossa: Newsletter of Project Abraço,
North Americans in Solidarity with the People of Brazil, Vols. 1-7 (1988, p. 42)[3]

Esse diagnóstico, supostamente do Brecht, vinha sendo imputado aos brasileiros, aos quais se atribuía “memória curta” e incapacidade exigir seus direitos de cidadania. Porém, a pouca identificação com os eleitos para representá-los, o fato de não serem ouvidos, a corrupção impune e a falta de acesso aos direitos fundamentais são apontados como fatores que minam a esperança dos cidadãos, contribuindo para provocar apatia e “analfabetos políticos” em larga escala.[3]

Devido à história complicada de varias nações com o colonialismo e fascismo entre outros, o poder de cada cidadão ser capaz de ter um impacto sobre o futuro do seu país é algo ao qual é dado imenso valor e poder devido ao complicado processo que levou à aquisição destes direitos. Muitas pessoas caem no Analfabetismo Político, no entanto, devido à falta de crença que o presente clima político é um onde o seu voto pode realmente mudar algo, fora do Brasil observado notavelmente na Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016, onde muitos não viam nenhuma escolha que refletisse a sua visão de como o país devesse ser guiado de qualquer modo, e apenas votavam na oposição daquele com quem discordavam mais.

No entanto, fora do voto em si, ter a noção da situação política e agir de modo a trazer mudança é algo que existe dentro ou fora de uma Democracia, mas é de certo modo facilitado por um modelo que dá mais voz à sua população do que apenas aos poucos que estão no poder.

  • Apolitismo
  • Jeitinho brasileiro
  • Democracia
  • Política

  1. Bogéa, Diogo (18 de junho de 2017). «O sentido político da história: considerações sobre razão, liberdade e estado constitucional em Kant e Hegel». Griot : Revista de Filosofia. 15 (1): 376–390. ISSN 2178-1036. doi:10.31977/grirfi.v15i1.733 
  2. «O Analfabetismo político como fator elementar para a construção de uma realidade sociopolítica desequilibrada». Jusbrasil. Consultado em 22 de Novembro de 2017 
  3. a b c «Editorial». SciELO. Consultado em 22 de Novembro de 2017 
  4. «A Escola na Câmara» (PDF). Câmara dos Deputados. Consultado em 22 de Novembro de 2017 

  •   Portal da política
  •   Portal da sociedade
  •   Portal da sociologia

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Essa atividade chama atenção para a importância de exercermos a nossa cidadania plena e com ética, pois o analfabeto político que diz ser neutro, abominar a política, nega-se a participar dos acontecimentos políticos. Ele não lê, não analisa o que ouve e assimila como verdade, fala e repete o que ouviu, sem questionar, vítima fácil de “fake News” e divulga nas redes sociais. O analfabeto político é facilmente manipulável, interpretando os fatos com a ingenuidade, pois não sabe quem o manipula.

Atividade 1

Assista ao vídeo de Rolando Boldrin declamando o texto “O Analfabeto Político” de Bertold Brecht.

Atividade 2

Leia declamando para a sua família o texto a seguir, de Berthold Brecht.

“O Analfabeto Político” 

O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha,

do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha

e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que da sua ignorância política

nasce a prostituta, o menor abandonado

e o pior de todos os bandidos,

que é o político vigarista, pilantra,

corrupto e lacaio das empresas

nacionais e multinacionais.”

Atividade 3 

Agora, com base no texto, converse com a sua família sobre o papel da política e os males do analfabetismo político.

Atividade 4

No período eleitoral, você ouvirá diversas propostas e deverá fazer a opção entre os candidatos, o que possui as melhores propostas. 

Vamos exercitar a interpretação, compreensão e a comparação entre as duas propostas abaixo?

  • “As minhas prioridades são o empoderamento das mulheres, a promoção da igualdade racial, os direitos juvenis, segurança pública cidadã, ocupação democrática dos espaços públicos e participação popular. Vamos fazer uma construção aberta para a cidade. É um mandato coletivo. Vamos criar mecanismos para que as pessoas construam a cidade junto com a gente, opinem, participem. Isso é a minha prioridade máxima, e é resultado do movimento Muitas pela Cidade que Queremos, do qual faço parte. Vamos criar instâncias para construir essa participação, (…)”
  • “As minhas áreas de atuação são educação, cultura e o terceiro setor. Estou à frente da nova lei de incentivo à cultura, para qual temos o objetivo de descentralizar, já que está focada na Região Centro-Sul. Na educação, a minha bandeira é a valorização dos professores, já fui autor de uma emenda para aumentar o salário desses profissionais na educação infantil. Além disso, para o terceiro setor, vamos trabalhar para ampliar os recursos para as instituições. (…)”

Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2016/10/09/interna_politica,812432/conheca-propostas-vereadores-mais-votados-em-belo-horizonte.shtml

Atividade 5

Leia e discuta com os seus familiares:

Qual das duas propostas vocês acham que estaria mais próxima dos interesses da comunidade, que vocês vivem?

Atividade 6

Agora é com você

Elabore em seu caderno uma proposta de campanha de acordo com os interesses e necessidades de sua comunidade.

Componentes:Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento
História(EAJAHI0704) Relacionar os princípios iluministas à atual estrutura política e social brasileira, goiana e goianiense.
Língua Portuguesa(EAJALP0709) Interpretar os discursos variados sobre as propostas políticas e as soluções dos problemas de interesse público.(EAJALP0710) Comparar dados e informações de diferentes fontes (as coincidências, complementaridades e contradições).

(EAJALI0813) Compreender e utilizar argumentos e posicionamentos como aspectos essenciais para a produção de textos argumentativos;


EAJA – 2º Segmento – 7ª e 8ª série – Ética e Cidadania